Opnião

A primavera chegou, mas o que mudou?

A primavera, estação mais linda e florida do ano, chegou com temperaturas mais altas e ar mais seco do que o normal. O cenário é preocupante, pois as mudanças climáticas estão afetando a todos e em todas as localidades, inclusive a nossa cidade, Valinhos.

O debate mundial em torno das questões climáticas deveria interessar a todos, não apenas aos presidentes das Nações. Como habitantes do planeta Terra, nossa casa, temos nossas responsabilidades também.

A chegada da primavera é sempre um momento de alegria e renovação. As flores desabrocham, os dias ficam mais longos e as temperaturas começam a subir. No entanto, nos últimos anos, a primavera tem chegado com um ar diferente. As temperaturas estão mais altas do que o normal, o ar está mais seco e as queimadas são cada vez mais frequentes.

Se tivéssemos um mecanismo de regresso ao passado, mais precisamente na década de 1980 do século 20, quando Valinhos ainda não vivia o ‘boom’ expansionista que viveu após essa década, iriamos perceber claramente uma temperatura mais amena e as estações do ano bem definidas. Claro que isso não foi causado só por ações de expansão urbana unicamente de Valinhos. Sim, sofremos o impacto do mesmo fenômeno que tomou conta da Região Metropolitana de Campinas – RMC – que somado ao processo de industrialização começou a impactar diretamente na qualidade de vida de todos. Quer ter uma percepção clara disso, fique próximo à borda de uma mata nativa, como a Mata da Tapera, na ligação Valinhos a Campinas num dia quente e perceba a diferença de temperatura.

As mudanças climáticas são um problema global, mas que está afetando cada vez mais as cidades. Em Valinhos, por exemplo, as temperaturas têm subido nos últimos anos. Em 2022, a temperatura máxima registrada foi de 39,7 graus Celsius, um recorde histórico para a cidade.

Nos anos de 1960, James Lovelock, um biólogo britânico, propôs a hipótese Gaia, que mais tarde virou uma teoria. Para Lovelock a Terra está viva e “um sistema reflete o equilíbrio (e a relação) entre os seres vivos e o resto do planeta”. Lovelock, que morreu aos 103 anos em 2022 afirmou: “O clima e a composição química do meio ambiente da superfície da Terra estão e têm estado regulados num estado estável para a biota (o conjunto dos organismos vivos)”.

Sim, enquanto cidadãos da Terra, somos responsáveis por ela. E, cada ato ou atitude nossa, sobretudo as ditadas pelo consumismo excessivo, afeta o equilíbrio da Terra e compromete o planeta para as futuras gerações.

Cada cidadão tem a responsabilidade de cuidar do meio ambiente. Nossas ações, sejam positivas ou negativas, têm um impacto no planeta.

O aumento das temperaturas tem um impacto negativo na saúde da população. Os idosos, as crianças e os animais são os mais afetados. As altas temperaturas podem causar desidratação, insolação e problemas respiratórios.

É preciso que cada cidadão faça sua parte para reduzir os impactos das mudanças climáticas. Podemos começar com pequenas atitudes, como: nos educarmos para reduzir o consumo de energia e água; reciclar e reutilizar materiais; evitar o uso de combustíveis fósseis e proteger as áreas verdes, especialmente onde ainda existem remanescentes de Mata Atlântica – Serra dos Cocais, ARA da Reforma Agrária, Mata da Tapera e Morro dos Macacos e, plantar mais árvores.

Ações simples como essas podem fazer uma grande diferença no futuro do planeta e da nossa cidade. A primavera é uma estação bela, mas que está sendo afetada pelas mudanças climáticas.

É hora de agirmos para proteger o meio ambiente e garantir um futuro melhor para todos. No caso das mudanças climáticas, as ações individuais podem não parecer muito, mas quando somadas podem fazer uma grande diferença.

A primavera é uma estação bela e cheia de vida. No entanto, as mudanças climáticas estão ameaçando essa beleza.

Vamos agir agora para garantir que a primavera continue sendo uma estação linda e florida para todos.
 

COMPARTILHE NAS REDES