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“O Jubileu é momento de agradecer, mas também de se reprojetar para o futuro”

A frente da Paróquia São Cristóvão desde 2014, Pe. Augusto analisa os 50 anos da igreja

O Pe. Augusto chegou em Valinhos em 2014. Depois de experiência em uma missão no Bangladesh e no Reino Unido, ele veio para assumir a Paróquia São Cristóvão com a responsabilidade de administrar a maior matriz em cobertura territorial da cidade, abrangendo 11 comunidades.
Nesta entrevista especial, ele avalia o Jubileu de Ouro da São Cristóvão e projeta o futuro da paróquia.

Como o senhor avalia a chegada dos 50 anos da Paróquia São Cristóvão?
Cinquenta anos de vida representam sempre não somente um ponto de chegada, mas também um ponto de partida. Antigamente, o povo hebreu a cada 50 anos (sete vezes sete) celebrava o jubileu: ano da remissão dos pecados, restituição da propriedade e liberdade, ocasião para fazer memória das graças recebidas, agradecer a Deus e fazer festa. É isso que estamos realizando, porém não somente com o olhar no passado, esse serve para estimular os fiéis à uma avaliação para melhorar o presente e continuar projetando o futuro.

Qual é o sentimento do senhor em ser o padre da Paróquia no Jubileu de Ouro?
São vários sentimentos que se misturam. Sentimento de desafio a ser superado, responsabilidade e gratidão. A responsabilidade é grande diante do compromisso de se preparar uma grande festa. Ao mesmo tempo de gratidão a Deus por ter me reservado a graça de poder celebrar junto com os fiéis esse momento importante e histórico de suas vidas.

Como é administrar a maior paróquia em cobertura territorial na cidade?
Mais uma vez é desafiador atender às 11 comunidades, uma capela no hospital Galileo e outra no cemitério São João Batista. É corrido, é cansativo, mas ao mesmo tempo é uma missão que me foi confiada, porque o nosso ministério não é somente celebrar as missas nessas comunidades, mas engloba um sistema complexo de administração não só humana, mas também espiritual, porque tratamos com seres humanos e suas dores, dramas, alegrias e esperanças.

A Paróquia tem uma forte ligação com o antigo SESI 299 – ano passado, foi celebrada uma missa na Semana do Encontro de Ex-alunos e Ex-funcionários. Como o senhor analisa essa ligação da Paróquia com o SESI, que nasceram quase no mesmo período?
Certamente foi importante, porque diferente do que acontece hoje, naquela época a escola era um canal aberto com o qual a evangelização podia contar. Eu mesmo fui estudante do Sesi e comecei minha catequese, em minha cidade natal, através dessa abertura e possibilidade evangelizadora que a Igreja tinha dentro dessa Instituição de Ensino. Muitos ex-alunos ainda hoje participam da vida da Paróquia e até assumiram compromissos na linha de frente.

Quais atividades a Paróquia desenvolve hoje com a comunidade?
Temos diversas atividades, dentre as quais desejo dar destaque para a Pastoral da Saúde, cujos ministros se dispõem a ir ao encontro dos enfermos, sejam em suas casas seja quando estão internados no hospital. Vale também lembrar que quando cheguei aqui desejei implantar a Pastoral da Pessoa Idosa, cujos voluntários saem para visitar os idosos dando algumas orientações, mas sobretudo sendo presença dessa Igreja “em saída” que tanto deseja o Papa Francisco que sejamos.

Ao chegar nos 50 anos, o que a Paróquia projeta para o futuro?
Como dissera, o Jubileu é momento de agradecer, mas também de se reprojetar para o futuro. Para o futuro bem próximo, queremos realizar a Jornada Missionária, como gesto concreto da Igreja de Campinas, nesse Ano da Misericórdia, visitando as famílias que estão afastadas da vida da Igreja, mais especificamente nas Comunidades Santo Antonio (Macuco), Bom Jesus (Morro das Pedras) e Nossa Senhora Aparecida (Country Club).

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