Economia
China lança pacote agressivo para impulsionar economia e conter crise imobiliária

Imagem: Rebecca Zisser
Banco Central chinês injeta bilhões na economia com cortes de juros e estímulos ao setor imobiliário, impactando mercados globais e provocando reações positivas nas bolsas de valores
Colocaram as fichas na mesa. Para tentar combater a economia, que tem desacelerado, o Banco Central da China lançou um pacote de estímulos para injetar mais dinheiro no país.
A medida veio até mais ampla do que o previsto, sendo o recurso mais agressivo para “salvar” a economia chinesa desde a pandemia. O objetivo é garantir uma meta de crescimento de, no mínimo, 5% ao ano.
Qual é o plano? O BC cortou as taxas de juros do país e reduziu a quantidade de dinheiro que os bancos precisam guardar, o que deve liberar US$ 140 bilhões para serem usados com empréstimos e investimentos.
Um dos principais pontos é ajudar o setor imobiliário — que está na pior crise em décadas. Com isso, o governo vai fazer as taxas das hipotecas despencarem para os empréstimos e diminuir o valor de entrada dos imóveis.
Não para por aí: Para o mercado de ações, o BC confirmou um suporte de ~US$ 113 bi para permitir que fundos, seguradoras e corretoras tenham acesso mais fácil a financiamento para comprar ações.
Com centenas de bilhões de dólares injetados na economia, a expectativa é que os chineses voltem a gastar, que o dinheiro volte a circular, que o mercado imobiliário e a construção civil se recuperem e o desemprego diminua.
Acontece lá, reflete no globo
Estamos falando da 2ª maior potência global, com mais de 10% do PIB mundial. Se a economia da China volta a girar, os países com relações com os chineses se beneficiam — seja nas exportações, comércio, ou mercado financeiro.
Não à toa… Bolsas de valores do mundo inteiro reagiram bem ao pacote. Nosso Ibovespa teve alta de 1,22%, os índices americanos atingiram máximas históricas e as bolsas da Europa também fecharam com setinha pra cima.


