Valinhos
Valinhos debate emergência climática e COP 30, focando na ação local

Evento do Dia Mundial do Meio Ambiente reforça a importância das iniciativas municipais em educação e preservação ambiental para enfrentar as mudanças climáticas
No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado na última quinta-feira, dia 5, Valinhos realizou o painel temático “Emergência Climática e a COP 30 no Brasil”, no plenário da Câmara Municipal. O evento reuniu especialistas e representantes de instituições públicas e privadas para discutir os desafios ambientais globais sob perspectivas social, empresarial e científica, com ênfase no papel das ações locais para mitigar os efeitos da crise climática.
O debate foi mediado pelo diretor de Meio Ambiente da Prefeitura, Theophilo Oluntho de Arruda Neto (Dudu), e pela sócia-fundadora da EcoUniversidade, Thaís Mantovani. As apresentações ficaram a cargo do secretário do Verde e da Agricultura, André Reis.
Participaram como expositores a engenheira ambiental Danielly Mello Freire, head de Clima do Pacto Global da ONU – Rede Brasil; o gerente de Sensibilização e Comunicação do Consórcio PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), Murilo Sant’Anna; e a ativista climática Kamila Camilo. Estiveram presentes o chefe de gabinete Emílio Ramalho, os vereadores Edson Secafim e Mônica Morandi, além da advogada Elza Torres, especialista em sustentabilidade e responsabilidade corporativa.
Participação ativa é essencial
Os palestrantes ressaltaram a importância da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em novembro deste ano em Belém (PA). Apesar do caráter internacional da conferência, todos os convidados convergiram em um ponto: as soluções para o clima começam nas cidades e exigem envolvimento direto da população, setor privado e governos locais.
“A COP 30 é uma oportunidade para o Brasil liderar uma transição energética e um novo paradigma sustentável. Mas isso só será possível se houver engajamento real do setor empresarial e da sociedade civil”, destacou Danielly Freire.
A ativista Kamila Camilo reforçou que os impactos da crise climática atingem principalmente as populações vulneráveis. “É necessário garantir que essas pessoas tenham voz e acesso à informação. Os acordos internacionais são importantes, mas ainda não têm força legal, e muitos países estão recuando por motivos econômicos”, alertou.
Murilo Sant’Anna trouxe uma visão técnica e comunicativa do tema, reforçando a importância de adaptar a linguagem ambiental para torná-la acessível à população. “Precisamos promover a criticidade sem gerar pânico. Informação clara e educação são fundamentais para mobilizar ações concretas”, explicou.
Ações locais em Valinhos
Encerrando o painel, o diretor Dudu destacou o papel da ação municipal na mitigação da crise climática e apresentou algumas das iniciativas da Prefeitura de Valinhos desenvolvidas durante a Semana do Meio Ambiente.
Uma delas é o Projeto Microfloresta Urbana, que teve início na alça de acesso ao Viaduto Laudo Natel, com o plantio de 420 mudas de árvores nativas, e previsão de mais 230 mudas, totalizando 650 árvores no local. A ação visa aumentar a cobertura vegetal urbana, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar, redução de ilhas de calor e maior biodiversidade.
Outra frente foi a distribuição de cartilhas educativas produzidas pelo DAEV S.A. para mais de 200 alunos da EMEB Jeronymo Alves Corrêa, no Jardim do Lago. Intituladas “A vida pede água” e “Água: pequenas ações, grandes mudanças”, as cartilhas abordam de forma lúdica a importância da preservação da água e incentivam os alunos a se tornarem multiplicadores de conhecimento dentro de suas famílias e comunidades.
“Este é o início de um trabalho contínuo de educação ambiental em Valinhos. A crise climática é global, mas as soluções precisam começar no nível local, com engajamento real de todos os setores da sociedade”, concluiu o diretor Dudu.
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