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Projeto Lei Manuela é aprovado e pode mudar normas de piscinas em Campinas

Tragédia aconteceu em piscina de resort de luxo em Campinas em novembro do ano passado – Foto: Divulgação
O projeto segue agora para segunda votação, etapa necessária antes da sanção
A Câmara Municipal de Campinas aprovou, nesta quarta-feira, dia 3, a primeira votação do Projeto de Lei nº 156/25, conhecido como Lei Manuela. A proposta cria novas regras para aumentar a segurança em piscinas de uso coletivo na cidade.
O PL homenageia Manuela Cotrin Carósio, de 9 anos, que morreu após ter o cabelo sugado pelo motor de uma piscina em um resort de luxo de Campinas. A tragédia completou um ano em 23 de novembro.
Por que a Lei Manuela é necessária?
O texto proíbe o funcionamento de motores de sucção enquanto as piscinas estiverem abertas aos usuários e determina a instalação de dispositivos obrigatórios de segurança.
A medida vale para piscinas de clubes, academias, hotéis, pousadas, condomínios e espaços esportivos.
Segundo a vereadora Debora Palermo (PL), autora do projeto, a proposta responde a um risco conhecido, mas ainda pouco regulamentado no país.
“São inúmeros os casos, no Brasil e no mundo, de acidentes fatais que poderiam ser evitados”, disse. “A denominação ‘Lei Manuela’ homenageia a pequena Manuela e o movimento nacional criado após sua morte.”
Os pais da menina, Carina Brandt Cotrin Carosio e Élio Carósio Neto, estiveram no plenário e pediram apoio para que a proposta avance nacionalmente.
Manuela ficou submersa por 7 minutos, foi socorrida com vida, mas morreu em 4 de dezembro, data em que completaria 10 anos, após 11 dias internada.
O que muda com a nova legislação?
Se aprovada em 2ª votação e sancionada pelo prefeito, a Lei Manuela exigirá:
🚫 motores de sucção desligados durante o uso da piscina
🔐 dispositivos de segurança obrigatórios
🏢 aplicação em todos os locais com piscinas coletivas
O projeto segue agora para segunda votação, etapa necessária antes da sanção.


