Os números mostram uma expansão acelerada da produção. Em 2024, o Proamhor entregou 49.810 mudas; já em 2025, até novembro, o volume chegou a 154.170 mudas — um crescimento de 210% em apenas um ano. A média mensal saltou de 7,7 mil mudas em 2024 para 15,7 mil em 2025, reflexo da ampliação da estrutura do viveiro e do aumento da demanda por hortas comunitárias e domésticas.
Segundo a equipe técnica da Ceasa, o aumento decorre de fatores como maior eficiência no cultivo agroecológico, integração com novas comunidades e expansão de hortas em unidades de saúde. A produção acompanhou o entusiasmo das pessoas. O programa ganhou corpo, equipe e, principalmente, propósito social.
Entre as espécies mais cultivadas estão alface crespa e roxa, rúcula, couve, salsa e cebolinha — todas produzidas sem uso de agrotóxicos, em ambiente protegido e com manejo agroecológico.
Mais do que uma ação agrícola, o Proamhor é uma política de inclusão social. As mudas abastecem hortas comunitárias, escolares e institucionais, além de unidades de saúde que transformaram seus terrenos em espaços de convivência. Um exemplo é o Centro de Saúde de Sousas, onde moradores, pacientes e profissionais de saúde cultivam juntos as hortas e relatam ganhos emocionais e comunitários.
O programa é resultado da articulação entre três frentes:
- Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social: faz o cadastro, triagem e encaminhamento das comunidades e entidades participantes. Mais informações podem ser obtidas no telefone do Departamento de Segurança Alimentar: (19) 3746-1720 ou no Whatsapp do 156: (19) 2116-0156.
- Ceasa Campinas: responsável pela produção das mudas, oficinas e acompanhamento técnico.
- Associação dos Permissionários da Ceasa: fornece a mão de obra especializada do viveiro.
Essa integração garante que o Proamhor atenda prioritariamente grupos em vulnerabilidade social, fortalecendo redes comunitárias e hortas urbanas autossustentáveis.
Além da distribuição de mudas, o programa promove oficinas de capacitação em horticultura, compostagem e manejo agroecológico. As comunidades são acompanhadas até atingirem autonomia produtiva — processo que os técnicos chamam de “emancipação”.
O Proamhor contribui diretamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU:
- ODS 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável
- ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis
- ODS 15 – Vida Terrestre
Com o crescimento acelerado, a coordenação do programa se prepara para aperfeiçoar o planejamento de insumos, irrigação e acompanhamento técnico. A meta é manter a produção estável mesmo nos meses frios e seguir ampliando o número de hortas cadastradas.
“O desafio agora é consolidar a rede e garantir que cada horta comunitária siga viva, produzindo e inspirando novas iniciativas”, afirmou Vandecleya Moro, secretária de Desenvolvimento e Assitência Social.
Com 200 mil mudas já distribuídas, o programa demonstra capacidade de expansão e impacto social duradouro. Mais do que uma estatística, o número representa 200 mil oportunidades de aprendizado, renda e alimentação saudável espalhadas por Campinas.
“Cada muda plantada é uma semente de transformação social”, acrescentou a secretária.