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Petroleiros aderem à greve nacional na Replan, em Paulínia

Lideranças do movimento na frente da Replan: apesar da mobilização, não houve bloqueios na Rodovia Professor Zeferino Vaz durante a manhã – Hora Campinas
Petroleiros de todo o Brasil iniciaram, à zero hora desta segunda-feira, dia 15, uma greve nacional. O movimento também mobilizou trabalhadores da Refinaria de Paulínia (Replan), uma das maiores do país.
A paralisação ocorre após a categoria rejeitar a segunda proposta da Petrobras para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Em Paulínia, houve concentração de trabalhadores em frente à refinaria.
Apesar do ato, não houve bloqueios na Rodovia Professor Zeferino Vaz durante a manhã.
Desde as primeiras horas do dia, trabalhadores realizaram um ato em frente à Replan para marcar o início da greve. Não houve piquetes na portaria, e o fluxo de veículos seguiu normalmente.
Protestos semelhantes ocorrem em outras unidades da Petrobras, como na Refinaria de Capuava, em Mauá, na Região Metropolitana de São Paulo.
A paralisação foi aprovada em assembleias realizadas nas últimas semanas por sindicatos ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Segundo a federação, a Petrobras foi oficialmente comunicada sobre a greve. Os sindicatos afirmam que os serviços essenciais estão sendo mantidos, conforme determina a legislação, para garantir a segurança das instalações.
Serviços essenciais são atividades mínimas que devem continuar funcionando para evitar riscos à população e ao abastecimento.
Principais reivindicações da categoria
A pauta da greve está organizada em três eixos principais.
O primeiro trata da distribuição da riqueza produzida pela companhia, considerada desigual pelos trabalhadores.
O segundo ponto envolve os Planos de Equacionamento de Déficit da Petros, fundo de previdência dos petroleiros. Segundo a categoria, os planos geram descontos elevados nos benefícios de aposentados e pensionistas.
O terceiro eixo pede a suspensão de demissões e de processos de desimplante, especialmente na área de Exploração e Produção.
Apesar da mobilização, não houve interdições na Rodovia Professor Zeferino Vaz. Na portaria da Replan, as faixas permaneceram liberadas.
Em nota, a Petrobras informou que a greve não impactou a produção de petróleo e derivados. A empresa afirmou que adotou medidas de contingência e garantiu o abastecimento do mercado.
A estatal destacou ainda que as negociações do ACT estão em andamento desde o final de agosto e que segue buscando um acordo por meio do diálogo com as entidades sindicais.


