Economia

Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,95%

A nova projeção do mercado para o IPCA e o PIB reflete a desaceleração de preços. Descubra por que a taxa Selic deve se manter em 15%

O cenário econômico do Brasil mostra sinais de arrefecimento, especialmente no que diz respeito à inflação. A projeção do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, acaba de ser revisada para baixo pela décima segunda vez consecutiva. De 5,05%, a estimativa para o ano de 2025 agora é de 4,95%. Essa informação foi publicada no Boletim Focus, uma pesquisa semanal realizada pelo Banco Central com as expectativas das principais instituições financeiras.

Entretanto, mesmo com a série de reduções, a nova projeção ainda se mantém acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com um limite superior de 4,5%.

A fim de controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa Selic como seu principal instrumento. Atualmente em 15% ao ano, a Selic é a taxa básica de juros do país, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Recentemente, a inflação tem desacelerado, e a economia também tem mostrado sinais de retração. Por essa razão, o Copom decidiu interromper o ciclo de sete altas consecutivas na Selic. Contudo, em comunicado, a autoridade monetária não descartou a possibilidade de voltar a elevar os juros, caso seja necessário para conter a inflação.

Por consequência, quando o Banco Central aumenta a Selic, o crédito fica mais caro e a poupança se torna mais atraente. Isso ajuda a controlar o consumo e, por sua vez, a inflação. Similarmente, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Por outro lado, quando a Selic diminui, o crédito se torna mais barato, incentivando o consumo e a produção, o que estimula a atividade econômica.

Além da inflação e dos juros, o Boletim Focus também trouxe atualizações para o Produto Interno Bruto (PIB) e o câmbio. A estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2025 permaneceu em 2,21%, enquanto a projeção para o PIB em 2026 é de 1,87%.

Ademais, a previsão para a cotação do dólar para o final de 2025 é de R$ 5,60. Já para o final de 2026, a expectativa é de que a moeda norte-americana fique em R$ 5,70.

Afinal, essas projeções oferecem um panorama sobre o futuro da economia, indicando que, embora os preços estejam sob maior controle, a atenção aos indicadores econômicos continua sendo fundamental para entender o rumo do país.

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