Economia
Inflação e investimentos: como proteger o portfólio em 2025

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Com a desaceleração lenta da inflação e o cenário econômico instável, investidores buscam alternativas seguras para preservar o patrimônio
A inflação voltou a preocupar o mercado brasileiro. Após recuar em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,48% em setembro, segundo o IBGE. O resultado reforçou a necessidade de revisar estratégias de investimentos diante da perda de poder de compra e da volatilidade dos preços.
Em maio deste ano, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltou que a redução da inflação deve ocorrer de forma gradual e desigual nos próximos meses, refletindo uma dinâmica semelhante à observada em outros países.
“Os núcleos de inflação estão mais resilientes, devido à difusão entre setores e pressões subjacentes ainda fortes em componentes mais rígidos, como serviços. Assim, a velocidade da desinflação tende a ser mais lenta nessa segunda etapa”, afirmou. A avaliação reforça a expectativa de um ciclo econômico marcado pela cautela.
Ajustes para enfrentar a alta dos preços
Em um ambiente de inflação persistente, os investimentos que acompanham os índices de preços ganham destaque. Títulos públicos e aplicações de renda fixa indexadas à inflação ajudam a preservar o valor real do capital.
Ao mesmo tempo, cresce o interesse por ativos com rendimentos atrelados ao setor produtivo, como fundos imobiliários e debêntures incentivadas, que oferecem oportunidades de diversificação e equilíbrio entre rentabilidade e segurança.
Essa diversificação do portfólio é fundamental para reduzir riscos. Distribuir os recursos entre diferentes classes de ativos diminui o impacto das oscilações de preços e das mudanças de política monetária.
Diante desse cenário, a busca por estabilidade leva muitos investidores a adotar estratégias mais conservadoras em curto prazo, sem abrir mão de aproveitar, de forma gradual, as oportunidades de longo prazo que surgem em momentos de incerteza.
Proteção de patrimônio e amparo jurídico
A proteção de patrimônio não se limita a decisões financeiras. Envolve também o conhecimento das regras jurídicas que amparam o investidor em tempos de instabilidade. Nesse contexto, os profissionais formados na faculdade de direito têm papel relevante ao orientar sobre mecanismos legais que ajudam a proteger ativos durante a alta na inflação.
A legislação financeira prevê instrumentos de defesa do capital, como a indexação de investimentos à inflação, que mantém o poder de compra ao longo do tempo. O acompanhamento jurídico adequado também garante que contratos e operações financeiras estejam alinhados às normas vigentes, evitando perdas.
Perspectivas para o fim do ano
Mesmo com a expectativa de estabilidade fiscal, o Banco Central sinaliza que a inflação deve continuar desacelerando em ritmo gradual. Caso o cenário externo e os preços de commodities se mantenham sob controle, a taxa de juros poderá seguir em patamar suficiente para conter novas pressões inflacionárias.
Entre riscos e oportunidades, o equilíbrio se tornará a principal meta de quem busca resultados consistentes. Em 2025, o sucesso dos investimentos dependerá menos de ganhos rápidos e mais da capacidade de preservar valor, adaptar-se às mudanças e manter uma postura estratégica diante da economia em transformação.


