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Indústria da região de Campinas aponta perspectivas para 2026

Regional Campinas do Ciesp apresentou pesquisa de Sondagem Industrial de encerramento do ano. Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas
A indústria da região de Campinas entra em 2026 com um otimismo moderado
A nova edição da Sondagem Industrial do Ciesp-Campinas, apresentada à imprensa nesta terça-feira, dia 2, revela que as empresas estão mais confiantes em seus próprios negócios do que no desempenho da economia brasileira no próximo ano.
Quando comparado a 2025, o cenário para 2026 divide opiniões.
Segundo o levantamento:
9% projetam melhora nas atividades,
25% esperam estabilidade,
33% acreditam que vai piorar,
33% não têm avaliação.
Já sobre o desempenho da economia brasileira em 2026:
58% avaliam que será pior,
17% acreditam que será igual,
25% não têm opinião,
0% acreditam que será melhor.
Para o diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, o recado é claro: os empresários veem mais força nos próprios negócios do que no ambiente macroeconômico.
“Temos a expectativa de desatar esse imbróglio econômico e político que impede que a indústria deslanche. A garra do empresário da nossa região faz com que ele acredite mais no seu negócio. Mas é preciso resolver esses problemas para que a indústria cresça como pode”, afirmou.
A sondagem mostra um quadro de estabilidade no curto prazo:
50% mantiveram estável o volume de produção em outubro.
75% mantiveram estável o número de funcionários.
Sobre faturamento: 33% diminuíram, 25% ficaram estáveis e 42% aumentaram.
A capacidade instalada também segue alta: 84% das empresas operam entre 70,1% e 100%.
Quanto aos investimentos para os próximos 12 meses:
42% não irão investir,
33% vão atualizar maquinário,
25% ampliarão o número de máquinas.
O vice-diretor do Ciesp-Campinas, Valmir Caldana, apresentou o desempenho da Balança Comercial Regional.
Exportações
Outubro/25: US$ 354,9 milhões (+9,18% ante outubro/24).
Acumulado jan–out/25: US$ 3,010 bilhões (+3,14%).
Importações
Outubro/25: US$ 1,288 bilhão (+6,58%).
Acumulado: US$ 12,247 bilhões (+17,52%).
Déficit
Outubro/25: US$ 933,7 milhões (+5,63%).
Acumulado: US$ 9,237 bilhões (+23,11%).
Corrente de comércio
Outubro/25: US$ 1,643 bilhão (+7,13%).
Acumulado: US$ 15,257 bilhões (+14,37%).
Quem mais exporta e importa na região
Maiores exportadores (out/25)
Campinas – 32,48%
Paulínia – 25,14%
Sumaré – 12,93%
Mogi Guaçu – 7,49%
Santo Antônio de Posse – 4,05%
Valinhos – 3,36%
Maiores importadores (out/25)
Paulínia – 41,96%
Campinas – 21,31%
Hortolândia – 9,61%
Sumaré – 8,02%
Jaguariúna – 7,27%
Valinhos – 5,95%
Principais parceiros internacionais
Destinos das exportações (out/25)
Estados Unidos – US$ 57,61 mi (16,23%)
Argentina – US$ 49,03 mi (13,81%)
Holanda – US$ 25,64 mi (7,22%)
Origem das importações (out/25)
China – US$ 390,65 mi (30,31%)
Estados Unidos – US$ 174,92 mi (13,57%)
Índia – US$ 100,31 mi (7,78%)
Exportações acumuladas em 2025
EUA – US$ 564,70 mi (18,76%)
Argentina – US$ 426,80 mi (14,18%)
Holanda – US$ 169,52 mi (5,63%)
Importações acumuladas em 2025
China – US$ 3,469 bi (28,33%)
EUA – US$ 1,978 bi (16,16%)
Índia – US$ 961,38 mi (7,85%)


