Valinhos

Deputada Ana Perugini recebe Fundação Florestal para discutir Projeto de Lei de Proteção à Serra dos Cocais

Ativistas defendem a necessidade de aprovação do projeto para preservação da flora e fauna da área

 

Representantes de movimento pela preservação da área também participaram do encontro realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo

O gabinete da deputada Ana Perugini na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) recebeu, na última terça-feira, dia 18, o presidente da Fundação Florestal, Mário Mantovani, para tratar do projeto de lei número 713/2024, de autoria da parlamentar, que prevê a instalação de uma Unidade de Conservação Ambiental na Serra dos Cocais, localizada entre os municípios de Itatiba, Louveira, Valinhos e Vinhedo, na região de Campinas.

Também participaram da reunião o presidente do Instituto Serra dos Cocais, Fabio Motta; a secretária-geral da entidade, Cris Briani; e o assessor do deputado Jorge do Carmo (relator do projeto na Comissão de Constituição, Justiça e Redação), Rildo Marques de Oliveira.

O encontro foi pautado pela necessidade de se aprovar com urgência o projeto, para assegurar a área da especulação imobiliária. Por estar inserida em cidades de grande apelo comercial, a Serra dos Cocais é amplamente cobiçada pelo mercado imobiliário de alto padrão, intenso nos municípios citados.

Durante a conversa, foram discutidos pontos importantes para manter a preservação da área e pactuada uma movimentação do gabinete para agilizar a tramitação do texto. Se o projeto for aprovado, a área passará a contar com a proteção do Estado e será denominada de APA (Área de Proteção Ambiental) Serra dos Cocais.

Há no bioma uma infinidade de recursos hídricos, que incluem cavernas, nascentes e ribeirões, que são fundamentais para o abastecimento da região. Cidades como Vinhedo, por exemplo, sofrem frequentemente com a falta d’água durante o período de estiagem. Neste sentido, permitir a exploração da área pode agravar o problema.

A Serra dos Cocais é um dos poucos fragmentos de Mata Atlântica que resistem na região de Campinas. Durante a estiagem de 2024, a área sofreu com intensas queimadas, que levantaram na população das cidades o interesse por sua preservação.

A proposta, apresentada à Casa em outubro do ano passado, tem por objetivo preservar a fauna e a flora da área, composta por 11 mil hectares e onde habitam espécies com risco de extinção. Atualmente, o texto tramita na Comissão de Constituição e Justiça e Redação.

A Fundação Florestal – ligada à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística – é responsável pela gestão das unidades de conservação no Estado de São Paulo.
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