Economia
Representante dos EUA defende corte de tarifas sobre produtos agrícolas

O governo dos Estados Unidos pode reduzir tarifas de importação sobre produtos que não são fabricados no país, como café, banana e cacau. A informação foi confirmada nesta sexta-feira, dia 14, pelo representante Comercial dos EUA (USTR), Jamieson Greer, em entrevista à CNBC.
A medida, segundo Greer, traria benefícios mútuos: favoreceria países produtores e ajudaria a reduzir os preços ao consumidor americano. Ele ressaltou, porém, que a inflação recente nos EUA “não foi causada pelas tarifas”.
Greer afirmou que é “hora de remover algumas tarifas” que não fazem sentido econômico, especialmente sobre itens agrícolas e matérias-primas que os EUA não produzem. A revisão tarifária também busca melhorar relações comerciais com parceiros estratégicos.
O representante citou que a Suíça terá sua alíquota reduzida de 39% para 15%, alinhando o percentual ao aplicado pela União Europeia (UE). Os detalhes serão divulgados ainda hoje no site da Casa Branca.
Além da redução sobre produtos agrícolas, o acordo com a Suíça também incluirá áreas industriais e tecnológicas. Entre elas:
produtos farmacêuticos,
fundição de ouro,
equipamentos ferroviários.
Greer reforçou que a atualização tarifária deve ampliar a competitividade e facilitar o comércio bilateral.
A sinalização dos EUA ocorre em meio ao esforço americano por relacionamentos comerciais mais equilibrados na América Latina e na Europa. Nos últimos meses, autoridades americanas discutiram tarifas com o Brasil e anunciaram um acordo com a Argentina, destacando oportunidades para a carne bovina.
A revisão tarifária sobre café, cacau e banana é vista como mais um movimento para reduzir barreiras e ampliar o fluxo comercial com países exportadores desses produtos — muitos deles na América do Sul e Caribe.


