Saúde

Dentes do siso: células-tronco podem revolucionar tratamentos médicos

Da Redação, com informações da Earth.com

Os dentes do siso, muitas vezes vistos apenas como “incômodos” a serem extraídos, escondem um verdadeiro tesouro para a medicina: células-tronco capazes de tratar doenças graves. Pesquisas recentes mostram que a polpa dentária — tecido mole no interior do dente — abriga células capazes de se transformar em neurônios, músculos ou ossos, abrindo caminho para terapias regenerativas inovadoras.

Nos Estados Unidos, cerca de 10 milhões de dentes do siso são removidos anualmente, a maioria descartada. No entanto, cada dente recém-extraído oferece uma oportunidade de coleta indolor de células-tronco, que podem ser armazenadas em laboratórios especializados e utilizadas futuramente no tratamento personalizado de doenças como Parkinson, Alzheimer, insuficiência cardíaca e lesões articulares.

O Dr. Gaskon Ibarretxe, da Universidade do País Basco, liderou estudos que transformaram células da polpa dentária em neurônios capazes de enviar sinais elétricos, essenciais para a reconstrução de circuitos cerebrais danificados. Além disso, essas células já demonstraram potencial na regeneração óssea, cartilaginosa e cardíaca, tornando os dentes do siso uma fonte valiosa para a medicina do futuro.

O armazenamento das células-tronco dentárias oferece benefícios importantes: reduz o risco de rejeição imunológica, acelera tratamentos e evita questões éticas ligadas às células-tronco embrionárias. Empresas especializadas fornecem kits para coleta e transporte seguro da polpa dentária, garantindo sua viabilidade para uso em terapias personalizadas.

Embora ainda sejam necessários estudos de longo prazo e ensaios clínicos mais amplos, os resultados preliminares mostram que essas células podem reduzir custos e aumentar a eficiência dos tratamentos. A mensagem é clara: antes de descartar os dentes do siso, vale considerar o potencial regenerativo que eles podem oferecer.

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