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Com o avanço da tecnologia, surgem soluções cada vez mais acessíveis e eficientes, que ajudam a modernizar os equipamentos domésticos, repensar os hábitos de consumo e reduzir o impacto ambiental

Economizar energia elétrica tornou-se, atualmente, uma preocupação para uma parcela significativa da população brasileira. Isso porque, nos últimos anos, as mudanças climáticas impactaram diretamente a vida cotidiana, sobretudo pelo aumento do calor, que causa desconforto térmico e intensifica as ilhas de calor nos grandes centros urbanos.

Para se ter noção, no Brasil, conforme a pesquisa “Usos Finais de Energia Elétrica no Setor Residencial Brasileiro”, publicada no Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (LabEEE), o consumo residencial médio gira em torno de 152,2 kWh/mês, embora ocorra uma variação ampla, considerando as regiões e a extensão territorial.

Como reduzir o consumo de energia no verão?

Em janeiro de 2023, de acordo com dados levantados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo da classe residencial somou 13.311 GWh, com alta de 1,8% frente ao mesmo mês de 2022.

Considerando esse cenário, estima-se que cerca de 31% do consumo residencial é dedicado ao refrigerador/freezer, e 17% aos demais equipamentos, como luz, mídia e pequenos eletrodomésticos, considerando que a iluminação representa somente 5,5% dessa totalidade, conforme estudo publicado no LabEEE.

Ainda em conformidade com o estudo, nas regiões com climas mais amenos, o ar-condicionado representa cerca de 9% do total do consumo no verão; em áreas mais quentes, cerca de 5%. Nesse sentido, considerando esses valores, existem algumas ações concretas que permitem realmente reduzir o consumo de energia.

Uma forma é aproveitar os horários de maior demanda, geralmente entre 18h e 21h, nos quais as tarifas tendem a aumentar, para usar menos os aparelhos que consomem maior volume de energia, como secadora e ar-condicionado.

Outra ação seria ajustar a temperatura do ar entre 23°C e 25°C. Esse pequeno gesto pode diminuir muito o consumo. Usar aparelhos que consomem menos energia, como ventilador, ou aproveitar correntes de ar, deixando a janela aberta para circulação, são estratégias eficientes em momentos de calor menos intenso.

Outro gesto simples é desligar da tomada aparelhos que não estão sendo usados. Embora seja simples em um primeiro momento, no final do mês, pode fazer muita diferença.

Quais aparelhos consomem menos energia?

Conforme dados compilados da ENETEC, quando comparado com um ar-condicionado, um ventilador consome muito menos. Se usado por 8h/dia, um ventilador tende a consumir 17,52 kWh/mês, ou seja, um consumo baixíssimo.

Segundo as mesmas estimativas compiladas, uma TV LED, se usada 5 horas por dia, tende a consumir cerca de 30,45 kWh/mês. Um computador ou notebook com eficiência energética, conforme as mesmas estimativas, tende a consumir ligado 8h/dia cerca de 15,12 kWh/mês.

Na vida cotidiana, todo mundo precisa usar uma geladeira, por exemplo. Esse eletrodoméstico especificamente costuma ficar ligado 24h/dia. O interessante é que modelos mais modernos reduzem o consumo por meio de controle automático. Os dados da ENETEC mostram que uma geladeira duplex padrão consome em torno de 56,88 kWh/mês, segundo estimativas de mercado para geladeiras frost free.

Tipos de eletrodomésticos para economizar energia

É importante enfatizar, no fim, que a escolha do tipo de aparelho é elementar para economizar na conta de luz. Investir em tecnologia inverter é uma excelente forma de gastar menos. Outra dica é comprar eletrodomésticos com selo Procel e etiqueta de eficiência energética alta, ou seja, A ou superior.

Comprar aparelhos com função ou modo econômico é outra forma de poupar. Geralmente, muitas lavadoras, lava-louças e secadoras oferecem ciclos mais leves, que consomem menos água e eletricidade. Em resumo, o segredo para economizar energia está na combinação entre boas práticas e escolhas conscientes.