Saúde

Câncer de Pâncreas: por que ele é tão preocupante e agressivo?

Edu Guedes: chef passou por cirurgia para retirada de câncer no pâncreas no último sábado, 5, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (@eduguedesoficial/Instagram)

Silenciosa, a doença é diagnosticada em estágio avançado em até 80% dos casos, o que dificulta o tratamento e aumenta a taxa de mortalidade

O câncer de pâncreas é uma das neoplasias mais temidas e agressivas, e essa reputação não é à toa. Sua natureza silenciosa é o principal fator que o torna tão perigoso: em 70% a 80% dos casos, o diagnóstico ocorre em estágio avançado. Essa característica impede a detecção precoce, crucial para um tratamento eficaz e melhores chances de cura.

A dificuldade em identificar a doença em seus estágios iniciais se deve à ausência de sintomas específicos. O pâncreas está localizado em uma região profunda do abdômen, e os poucos sinais que podem surgir, como dores abdominais inespecíficas, perda de peso ou icterícia (pele e olhos amarelados), geralmente aparecem quando a doença já está disseminada.

Quando o diagnóstico finalmente ocorre, muitas vezes por conta de complicações como infecções, assim como aconteceu com o chef Edu Guedes, que teve o câncer diagnosticado após uma crise infecciosa, o tumor já pode ter atingido órgãos próximos ou se espalhado para outras partes do corpo, tornando o tratamento muito mais desafiador. As opções terapêuticas para o câncer de pâncreas em estágio avançado são limitadas e, infelizmente, a taxa de sobrevida é baixa.

Essa combinação de diagnóstico tardio e agressividade intrínseca do tumor faz do câncer de pâncreas uma das doenças oncológicas com pior prognóstico. A pesquisa contínua e o desenvolvimento de novas estratégias de detecção precoce e tratamento são fundamentais para mudar esse cenário e oferecer mais esperança aos pacientes.

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