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Campinas assume compromissos globais na COP30 com adesão a pactos de sustentabilidade

Crédito Carlos Bassan/ PMC
Campinas assume compromissos globais na COP30 com adesão a pactos sobre biometano, mobilidade ativa, adaptação em Saúde e resiliência ao calor
Campinas deu um passo importante na agenda climática internacional ao aderir, durante a COP30 em Belém, a quatro pactos globais de sustentabilidade. A decisão foi anunciada pelo prefeito Dário Saadi, acompanhado por técnicos da Secretaria do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seclimas).
As novas adesões reforçam o compromisso da cidade com energia limpa, mobilidade sustentável, adaptação às ondas de calor e com o primeiro plano global de saúde voltado à crise climática. A medida coloca Campinas entre os municípios brasileiros mais alinhados às recomendações internacionais.
“Campinas demonstra na principal conferência climática do mundo seu engajamento em transformar compromissos em ações concretas”, afirmou Saadi.
A principal adesão foi ao Pacto das Cidades pelo Uso de Biometano, combustível renovável produzido a partir de resíduos sólidos. O acordo prevê ações em quatro frentes:
Estímulo à produção e ao uso do biometano.
Políticas públicas e incentivos para ampliar combustíveis limpos, inclusive na frota municipal.
Divulgação de resultados para inspirar outros municípios.
Agilidade em licenças e autorizações.
Campinas já possui iniciativas alinhadas ao pacto:
Aderiu ao programa estadual Integra Resíduos, que prevê um biodigestor para transformar matéria orgânica em biometano.
Operação da Usina Verde Sustentável (UVS), que converte resíduos em fertilizante orgânico, com baixa emissão de carbono.
Frota de coleta parcialmente elétrica, reduzindo emissões.
Cooperativas que reinserem 6% dos resíduos na cadeia produtiva, fortalecendo a economia circular.
Campinas também aderiu à COP30 Bike Ride, iniciativa global que percorreu 30 mil km em 20 países para promover o uso diário da bicicleta.
Com a adesão, a cidade assume compromissos para 2030, entre eles:
Mais ciclovias.
Ruas mais seguras.
Mobilidade integrada para reduzir emissões.
A iniciativa já reúne cerca de 60 governos locais comprometidos com políticas cicláveis.
A delegação campineira participou do Mutirão do Calor, promovido pela COP30 em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Com isso, Campinas passou a integrar o Compromisso Global de Resfriamento, ao lado de 185 cidades no mundo — 80 delas no Brasil.
O pacto incentiva ações de resiliência ao calor, com soluções de baixo carbono. Campinas já se destaca por possuir um Plano de Ação Climática (PLAC) e projetos estruturantes como os corredores verdes, que ajudam a reduzir temperaturas urbanas e ampliar áreas arborizadas.
Campinas também será signatária do Primeiro Plano Internacional de Ação em Saúde para Adaptação Climática. O documento orienta governos a preparar seus sistemas de saúde para os impactos das mudanças do clima, especialmente sobre populações vulneráveis.
As três linhas de ação do plano
Vigilância e monitoramento
Sistemas integrados e participativos para acompanhar riscos climáticos e sanitários.Políticas baseadas em evidências
Capacitação, governança inclusiva e participação de povos tradicionais e sociedade civil.Inovação e saúde digital
Tecnologias climáticas, cadeias de suprimentos resilientes e soluções digitais para gestão em saúde.


