Saúde

Anvisa restringe venda de azeite, sal do himalaia e chá

© Marcelo Camargo/Agência Brasil
Órgão alerta consumidores sobre produtos irregulares encontrados no mercado brasileiro
Douglas Corrêa – Repórter da Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o azeite extra virgem Ouro Negro e 13 lotes do sal do Himalaia moído 500g da marca Kinino. As ações, publicadas nesta segunda-feira, dia 20, reforçam o combate a produtos sem registro ou com falhas graves de qualidade.

O azeite Ouro Negro foi denunciado por não ter origem comprovada. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) classificou o produto como irregular.
O rótulo indica importação pela Intralogística Distribuidora Concept Ltda., mas o CNPJ da empresa está suspenso na Receita Federal.

Por isso, a Anvisa proibiu a fabricação, venda, importação e divulgação do azeite. O órgão também ordenou que os estoques sejam retirados imediatamente das prateleiras.

A agência também suspendeu 13 lotes do sal do Himalaia Kinino, com validade até março de 2027.
O Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, analisou o produto e detectou menos iodo do que o permitido por lei.

O sal com baixo teor de iodo pode causar problemas na tireoide e no desenvolvimento fetal. No Brasil, a adição de iodo ao sal é obrigatória para evitar essas doenças.

A fabricante H.L. do Brasil Indústria e Comércio iniciou o recolhimento voluntário dos lotes afetados.

Outro produto alvo da fiscalização é o chá do milagre, vendido como Pó do Milagre ou Pozinho do Milagre.
A Anvisa mandou retirar o item do mercado por não ter composição nem classificação conhecidas.

O chá era divulgado nas redes sociais com promessas de emagrecimento, combate à ansiedade, prevenção de câncer e melhora do desempenho sexual — alegações proibidas para alimentos e bebidas.

A Anvisa recomenda que os consumidores não comprem nem consumam os produtos citados.
Quem já os adquiriu deve suspender o uso imediatamente e informar o problema aos canais de atendimento do órgão.

Até o momento, as empresas não comentaram o caso.

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