A renovação de Abel Ferreira até o fim de 2027 abre caminho para um feito raro no futebol brasileiro.
Se completar o novo vínculo, o treinador chegará a sete temporadas consecutivas no comando do Palmeiras — algo incomum no país e que o coloca perto de marcas históricas.

Desde que desembarcou no Brasil, em outubro de 2020, o treinador português lidera uma revolução no clube. Ao todo, a comissão técnica formada por Abel, João Martins, Vítor Castanheira e Carlos Martinho já soma 395 partidas, sendo 363 com Abel à beira do campo.

O Palmeiras disputa, em média, 72 partidas por ano desde a chegada do comandante.
Mantido esse ritmo, as duas próximas temporadas devem adicionar cerca de 144 jogos, levando Abel a um total próximo de 540 partidas pelo Verdão.

Esse número o deixaria muito perto do recorde absoluto do clube:
Oswaldo Brandão, com 562 jogos, é o técnico que mais comandou o Palmeiras na história.

Comparação com outros gigantes do país

A longevidade de Abel ganha ainda mais destaque quando comparada ao cenário nacional.
Vicente Feola lidera a história do São Paulo com 532 jogos.
Brandão também é o maior técnico da história do Corinthians, com 435 partidas.
No Santos, Lula segue inalcançável, com mais de 900 jogos nas décadas de 1950 e 1960.

Mesmo assim, Abel já marca seu lugar. É o técnico mais longevo do Brasil na era dos pontos corridos, iniciada em 2003, além de ser quem mais dirigiu o Palmeiras de forma contínua.

“Identificação, estabilidade e continuidade”

Ao comentar a renovação, Abel destacou o valor da permanência no trabalho técnico.
Ele comparou o Palmeiras a clubes que mantêm longos projetos:

“A identificação dos valores e dos princípios do Palmeiras é esta estabilidade, esta continuidade, que tu vês em clubes que ganham e que perdem, como o Atlético de Madrid, com o Simeone; o Manchester City, com o Guardiola; e o Arsenal, com o Arteta”, afirmou.

Atrás da conquista para virar o maior campeão da história

Após sua primeira temporada sem títulos, Abel inicia 2026 em busca de uma marca pessoal.
Ele soma 10 troféus pelo clube, o mesmo número de Oswaldo Brandão.
Uma nova conquista o isolaria como o maior campeão da história palmeirense.