Economia

958 mil famílias superam a pobreza e deixam o programa

© Joédson Alves/Agência Brasil
Segundo ministro, mudança decorre do aumento da renda de trabalho
Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil

Quase um milhão de famílias deixarão o Bolsa Família em julho. Elas superaram a linha da pobreza, portanto, melhoraram sua renda. O Ministério do Desenvolvimento Social registrou 958 mil famílias, o que equivale a 3,5 milhões de pessoas.

Conforme o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, vários motivos explicam essa saída. Entre eles, estão empregos estáveis ou a melhora da condição financeira como empreendedores.

“A maioria delas, 536 mil, cumpriu os 24 meses na regra de proteção”, disse o ministro nesta terça-feira (22) no programa “Bom Dia, Ministro” da EBC. “Elas atingiram o prazo máximo de recebimento de 50% do valor do benefício. Isso ocorre porque alcançaram uma renda per capita entre R$ 218 e meio salário mínimo”.

Dias afirmou que o governo ofereceu ajuda a essas famílias por meio de diversos programas. “Nós apoiamos essas pessoas para que possam se qualificar e estruturar pequenos negócios. Assim, elas obtiveram renda do trabalho. Consequentemente, 3,5 milhões de pessoas saíram da pobreza de janeiro para cá”, acrescentou o ministro.

Além disso, Dias revelou que mais de 8,6 milhões de pessoas superaram a pobreza desde o início do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula em 2023. “São pessoas que deixaram o Bolsa Família a partir da renda. Estamos falando de quase 24 milhões de brasileiros saindo da pobreza”, completou ele.

Educação, Preconceito e Condicionalidades

O ministro lamentou o preconceito contra os beneficiários do programa. Segundo ele, falsamente acusam-nos de se acomodarem e de não buscarem emprego.

Dias ressaltou que as famílias precisam cumprir algumas obrigações para terem direito ao benefício. “Nós temos três blocos de ações. O primeiro é a educação: quem recebe o Bolsa Família deve estar matriculado, estudando, frequentando a escola e sendo aprovado. O segundo é uma parceria com estados, municípios e setor privado. Ele foca na qualificação profissional. E o terceiro é o apoio ao pequeno negócio, por meio de programas como o Acredita, o Pronaf e o Agroamigo”, detalhou o ministro.

Ele acrescentou que a possibilidade de trabalhar oferece a condição de sair do Bolsa Família. “Muitos estão indo para a classe média, que está crescendo com a entrada de boa parte do público do Bolsa Família, que está ascendendo”, relatou.

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