Saúde

CEO passa atender urgências odontológicas aos domingos

A partir de 23 de fevereiro, o CEO vai atender casos urgentes e de dor, das 7h às 13h

 

O Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) de Valinhos passa a atender exclusivamente casos de urgência e de dor também aos domingos. O atendimento já começa neste domingo, dia 23, em esquema de plantão, das 7h às 13h. A iniciativa faz parte do programa Odontologia de Ponta a Ponta, do Departamento de Odontologia da Secretaria de Saúde, para oferecer atendimento odontológico para a população todos os dias da semana. O CEO já disponibiliza desde o início do ano o atendimento aos sábados das 7h às 19h.

De segunda a sexta-feira, a população pode procurar atendimentos para urgência em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), de segunda à sexta-feira, às 7h e às 12h. Já nas UBSs do Bom Retiro, do Jardim Paraíso e do Jardim São Marcos, além do horário das 7h às 12h, os pacientes também podem ser atendidos para urgências das 16h às 18h.

A Secretaria de Saúde orienta os pacientes que esses atendimentos são exclusivos para urgências, dor de dente e curativos. Os tratamentos odontológicos de rotina devem ser agendados nas Unidades Básicas de Saúde.

 

Atendimentos odontológicos de urgência em Valinhos

De segunda a sexta-feira

Em todas as UBS.

Às 7h e às 12h

 

UBS Bom Retiro

Rua Agostinho Capovila, 659.

 

UBS Jardim Paraíso

Rua das Acácias, 280. Parque Cecap.

 

UBS Jardim São Marcos

Rua Cinco, 516.

Às 7h e às 12h, e também das 16h às 18h

 

Aos finais de semana

Centro de Especialidades Odontológicas (CEO)

Rua Antônio Carlos, 215. Centro.

Aos sábados: das 7h às 19h

Aos domingos: das 7h às 13h

 

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Saúde

Dieta carnívora: por que comer só produtos de origem animal é um risco

Sucesso nas redes sociais, o plano alimentar recomenda a exclusão total de vegetais, favorecendo males cardiovasculares e outros prejuízos à saúde

 

Por Regina Célia Pereira, da Agência Einstein

 

Entra ano, sai ano, e as dietas da moda desfilam pelas redes sociais e pelo boca a boca com suas promessas de emagrecimento. Atualmente, uma das mais populares — e controversas — atende pelo nome de “dieta carnívora”, rica em proteínas e produtos de origem animal, como carne, ovos e laticínios.

O modelo é tema de uma publicação, no último dia 22 de janeiro, na respeitada revista científica JAMA Cardiology. O artigo traz o caso de um homem de 40 anos que adotou um cardápio com espaço para mais de três quilos de queijo por dia, além de hambúrgueres, filés e tabletes de manteiga como opções de lanche.

Após oito meses consumindo esses alimentos, seus níveis de colesterol alcançaram a marca de 1.000 mg/dl – cinco vezes o que se considera normal. Entre os resultados desse excesso, o indivíduo desenvolveu xantelasma, distúrbio em que depósitos de gordura se acumulam sob a pele, e os nódulos engordurados e amarelos despontaram nas palmas de suas mãos. As imagens correram o mundo.

“O exagero na ingestão de gordura saturada favorece essa condição”, comenta o nutrólogo Celso Cukier, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Cortes gordurosos de carnes, assim como o leite e seus derivados nas versões integrais, entre outros itens de origem animal, costumam concentrar os tais ácidos graxos saturados, tipos de gordura atrelados ao aumento do LDL, o chamado colesterol ruim.

Altas taxas de LDL, por sua vez, estão envolvidas com inflamações e a acumulação de gordura nas artérias, favorecendo a formação de placas. “Esse processo contribui para eventos cardiovasculares como o infarto”, alerta a nutricionista Milena Gomes Vancini, coordenadora do Ambulatório de Nutrição no setor de Cardiopatia Hipertensiva, Lípides, Aterosclerose e Biologia Vascular, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Cardápio restrito

Quem segue a dieta carnívora exclui do cardápio grãos, frutas, hortaliças e produtos classificados como ultraprocessados (industrializados que extrapolam em gordura, sódio, açúcar e aditivos).

Os adeptos — que consomem, além de todos os tipos de carnes vermelhas, aves, pescados, miúdos, ovos e lácteos com baixo teor de lactose — mencionam melhoras no metabolismo e perda de peso, mas a literatura científica carece de estudos robustos, bem fundamentados, sobre seus efeitos.

Por outro lado, não faltam evidências de que a falta de equilíbrio na alimentação está por trás de diversos prejuízos. Inclusive, em 2020, o cantor britânico James Blunt, que aderiu à dieta carnívora, foi diagnosticado com escorbuto — doença causada pela carência de vitamina C e que provoca sintomas como sangramentos nas gengivas e cansaço.

A retirada de carboidrato pode resultar, no mínimo, em desânimo. “O nutriente é fonte essencial de energia para nossas células”, pontua Cukier. “Deve ser incluído, em um contexto saudável, sem exageros, de preferência nas versões integrais.”

Embora indispensável, o carboidrato sempre é o primeiro a ser riscado nesses modismos. E o movimento vem de longe. Um dos pioneiros famosos foi o cardiologista Robert Atkins, que, nos anos de 1970, criou a dieta que leva seu sobrenome. Ao longo das décadas, surgiram variações mais modernas de low carb — termo em inglês que significa “pouco carboidrato”.

Acrescente-se à lista a dieta paleolítica, que tenta imitar o menu do tempo das cavernas, e ainda a cetogênica. “A dieta cetogênica tem um protocolo dietético, com indicações específicas, como em casos de epilepsia, por exemplo”, afirma Vancini. Mas não deve ser seguida sem orientação profissional.

Além de a maioria desses cardápios excederem nas gorduras saturadas, eles tendem a carregar na quantidade de proteínas, exigindo trabalho redobrado dos rins para processar e eliminar os resíduos proteicos.

E no caso da dieta carnívora, a ausência de fontes de fibras ainda contribui para danos ao intestino. “Pode prejudicar a motilidade intestinal e a microbiota, levando a um quadro de constipação e atrapalhando, inclusive, a absorção de nutrientes, sobretudo as vitaminas e os sais minerais”, adverte a nutricionista da Unifesp.

A Dieta Planetária

Na contramão desses cardápios radicais, surgiu a Dieta Planetária. Além de recomendar o consumo equilibrado de frutas, legumes, verduras, grãos integrais, feijões e castanhas, estimula modelos sustentáveis para a produção de alimentos e valoriza a biodiversidade.

Foi criada em 2019, a partir de um relatório elaborado por uma comissão formada por 37 estudiosos, de 16 países, chamada EAT-Lancet. O documento sugere a redução no consumo de carne, com ampliação de itens do reino vegetal. Destaca ainda a diminuição do açúcar de adição, além de questões como a utilização de água e a emissão de gases de efeito estufa.

Envolve, portanto, cuidados com a preservação do ambiente e desponta em estudos pelos benefícios à saúde. Um dos trabalhos mais recentes é uma revisão de estudos publicada em dezembro de 2024 no periódico Clinical Nutrition e aponta um elo entre o plano alimentar e a redução do risco cardiovascular, do diabetes e do câncer.

Outros estudos revelam ainda que pode ser uma aliada no combate à obesidade. A presença de ingredientes ricos em antioxidantes, vitaminas, sais minerais, fibras, entre outras substâncias protetoras, ajuda a explicar esses benefícios.

 

Fonte: Agência Einstein

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Saúde

Estoques de sangue baixos no estado de SP preocupam em período pré-carnavalesco

Uma das estratégias para gerenciar a distribuição do sangue disponível em São Paulo é o monitoramento contínuo das ações por meio de um painel centralizado. Foto: Governo de SP
O déficit nos hemocentros compromete o atendimento a hospitais e unidades de saúde, aumentando o risco de desabastecimento em casos emergenciais

Agência SP

Em Ribeirão Preto, por exemplo, a situação preocupa. O Hemocentro da cidade registrou no início do mês um estoque de sangue A negativo de apenas nove bolsas, quando o mínimo deveria ser de 33. Já do B negativo eram cinco bolsas, quando deveriam ter no mínimo dez, e o O negativo 15 bolsas, quando deveriam ter 67. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera ideal de 3% a 5% de doadores na população, número não alcançado no Brasil. Segundo os dados de 2022, os últimos divulgados pelo Ministério da Saúde, aproximadamente 1,4% da população brasileira doa sangue, o que representa 14 pessoas a cada mil habitantes.

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O Hemocentro de Ribeirão Preto é vinculado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP) da USP e integra a Hemorrede, rede de nove centros públicos de captação de sangue do Estado. A proximidade do Carnaval, associada aos períodos de férias e festas, impacta diretamente os estoques de sangue, como explica José Luiz Belagamba Junior, captador de doadores do Hemocentro. “As pessoas costumam sair para viajar e notamos uma queda significativa nos estoques, pois deixam de vir ao Hemocentro por estar longe de casa”, aponta. Outro agravante, segundo o captador, é o aumento dos casos de dengue, que impede a doação por pelo menos 30 dias.

Diante desse cenário, o Hemocentro de Ribeirão Preto intensifica suas ações para manter o abastecimento. Segundo o portal da instituição, são coletadas anualmente 100 mil bolsas de sangue, que atendem 5,5 milhões de moradores em cerca de 230 cidades e 130 hospitais, distribuídos nas regiões de Ribeirão Preto, Franca, Presidente Prudente, Fernandópolis, Araçatuba, Taubaté, Olímpia, Batatais e Bebedouro. Para garantir os estoques durante o Carnaval, o Hemocentro estará aberto para doações nos dias 1º, 2 e 3 de março, fechando apenas na terça-feira de Carnaval. Além disso, campanhas de incentivo estão sendo divulgadas nos meios de comunicação da cidade e da região e nas redes sociais da instituição – Instagram @hemocentrorp e Facebook.

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Estado de São Paulo enfrenta déficit

A preocupação com a queda nos estoques, porém, não se restringe ao interior paulista. De acordo com a médica hematologista e hemoterapeuta da Fundação Pró-Sangue do Hemocentro de São Paulo, Selma Soriano, os estoques em todo o estado de São Paulo estão se aproximando de 50%. “O estoque de sangue para utilização transfusional abaixo de 50% é considerado crítico e, ao atingir esse nível, é necessário adotar medidas imediatas para aumentar os estoques e diminuir o uso dos hemocomponentes”, diz a médica.

Uma das estratégias para gerenciar a distribuição do sangue disponível em São Paulo é o monitoramento contínuo das ações por meio de um painel centralizado, que opera 24 horas, diz Selma. “Esse painel permite um intercâmbio entre os nove centros públicos do Estado de São Paulo e viabiliza ações imediatas para aumentar o estoque, como aumentar o horário de funcionamento, abrir postos de coleta aos finais de semana, enviar o ônibus de coleta até o doador.” Além disso, explica Selma, “a integração entre os hemocentros, promovida pela Hemorrede da Secretaria Estadual da Saúde, possibilita o remanejamento de bolsas de sangue conforme a necessidade de cada região”.

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No caso específico de falta de tipos sanguíneos raros, como dos grupos B e AB, a médica explica que é feito o uso racional do sangue, priorizando os pacientes com maior urgência. “A maioria das transfusões pode aguardar 24, 48 e até 72 horas. Nessas situações, utilizamos critérios rigorosos para liberar o sangue apenas para quem realmente precisa naquele momento”, esclarece Selma. Essa gestão criteriosa, destaca a médica, “contribui para evitar desperdícios e garantir que os estoques sejam suficientes para atender emergências”.

Seja um doador

Belagamba Junior diz que para se tornar um doador é muito simples, basta ir até o Hemocentro e levar um documento oficial com foto. “As mulheres devem ter acima de 51 quilos e os homens mais de 50 quilos, ambos devem ter entre 18 e 60 anos, caso seja a primeira doação. Se já for doador, pode doar antes de completar 70 anos e menores de idade a partir de 16 anos, acompanhados de um responsável.” Ele também diz que pessoas que estão tomando alguma medicação, como antibióticos, ou que estejam com gripe ou resfriado, precisam esperar pelo menos 15 dias após o término para doar.

O horário de funcionamento do Hemocentro do campus da USP de Ribeirão Preto, inclusive no Carnaval, é de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, e de sábado e domingo, das 7h às 12h. As coletas também podem ser realizadas na Rua Quintino Bocaiuva, 470, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 12h, com exceção de quarta e sexta, que funciona até as 17h30.

Mais informações pelos sites hemocentro.fmrp.usp.brsaude.sp.gov.br ou pelo telefone 0800 979 6049.

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Saúde

Com impacto emocional, alopecia areata ganha novas opções de tratamento

Sociedade Brasileira de Dermatologia divulgou recomendações atualizadas para aprimorar manejo da doença, que provoca a perda súbita de cabelos

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulgou, em dezembro de 2024, um novo consenso para tratamento da alopecia areata, doença que causa perda súbita de cabelo. O documento foi atualizado após a publicação de novos estudos sobre o tema e a chegada de novos medicamentos. A publicação também destaca o aspecto emocional, levando em conta o impacto psicossocial ao classificar e tratar a condição.

A alopecia areata é uma doença autoimune em que o próprio organismo ataca os folículos pilosos na fase anágena, inibindo o crescimento dos fios. Ela provoca inflamações que levam à perda de cabelo, deixando uma região pelada e arredondada, que fica com pele lisa e brilhante.

A extensão pode variar desde pequenas áreas até a alopecia total – em casos mais graves, há também perda dos pelos do corpo. Fatores como predisposição genética, influências ambientais e gatilhos como o estresse estão envolvidos no desenvolvimento da condição.

Por ser uma doença crônica, não existe uma cura definitiva, mas os tratamentos ajudam a controlá-la. “Embora já existisse um protocolo estabelecido no consenso de 2020, os avanços nos estudos nos últimos anos tornaram necessária a inclusão dessas novas opções terapêuticas, além de uma nova forma de classificação que considera a extensão e a gravidade da alopecia areata”, relata a dermatologista Barbara Miguel, do Hospital Israelita Albert Einstein. “Essas mudanças foram fundamentais para aprimorar o manejo da doença, que é complexo e depende de fatores como a gravidade da condição e a resposta individual de cada paciente.”

O novo consenso estabelece as melhores opções para casos leves, moderados e graves. Para esses últimos, há uma opção terapêutica recente: os inibidores da enzima Janus quinase (JAK), como baricitinibe e ritlecitinibe. Aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e já disponíveis no Brasil, eles atuam barrando a ação da enzima envolvida no processo inflamatório que desencadeia esse tipo de alopecia.

Impacto emocional

O novo documento também destaca o aspecto emocional da alopecia areata. Isso porque a perda de cabelo afeta diretamente a autoestima e a qualidade de vida, com efeitos em relacionamentos, trabalho e estudo. A condição pode causar ansiedade, depressão e um sentimento de isolamento, especialmente em casos mais graves.

Segundo a SBD, até 78% dos pacientes relatam diagnósticos de saúde mental. “Uma boa consulta deve oferecer acolhimento psicológico e discussão de aspectos emocionais do paciente e dos cuidadores nos casos pediátricos. O impacto psicológico e social dos cabelos vai além de seu significado biológico”, diz o documento.

A dermatologista Barbara Miguel concorda. “O apoio psicológico, com o tratamento dermatológico, é essencial para ajudar os pacientes a lidarem com os efeitos emocionais da doença e a manterem uma atitude positiva diante do tratamento.”

Cuidados importantes

O tratamento desse tipo de alopecia pode apresentar efeitos colaterais, mas são geralmente leves e transitórios. Por isso, antes de iniciar é preciso tomar alguns cuidados, como fazer exames (hemograma, função renal, entre outros), avaliar riscos como trombose e eventos cardiovasculares e manter o acompanhamento médico.

“Os I-JAK não são indicados para gestantes e lactantes, devido à falta de dados de segurança nessa população. Além disso, ainda há poucas informações sobre os efeitos a longo prazo, o que exige monitoramento constante”, diz a médica. Ainda assim, a resposta ao tratamento é variável, dependendo da gravidade da doença e das características individuais.

Fonte: Agência Einstein

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Brasil e Mundo

Opas emite alerta para risco de surtos de dengue 3 nas Américas

Aviso inclui Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México e Peru
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu alerta epidemiológico sobre o risco elevado de surtos de dengue tipo 3 nas Américas. De acordo com a entidade, a circulação do sorotipo já foi registrada em diversos países do continente – incluindo Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México e Peru.

“A Opas pede aos países que reforcem sua vigilância, o diagnóstico precoce e a gestão clínica para que possam enfrentar um potencial aumento de casos de dengue”, destacou a organização, em nota. O comunicado cita ainda que a Argentina chegou a registrar alguns casos de dengue tipo 3 em 2024.

O vírus da dengue conta, ao todo, com quatro sorotipos distintos, sendo que a imunidade contra um sorotipo oferece proteção vitalícia apenas contra esse sorotipo específico. “O que significa que infecções subsequentes com outros sorotipos podem aumentar o risco de formas graves da doença”.

“O aparecimento ou o aumento da circulação de um sorotipo que antes não era predominante em uma região pode levar a um aumento de casos de dengue, devido à maior suscetibilidade da população”, alertou a Opas. No Brasil, o sorotipo 3 não circula de forma predominante desde 2008.

Ainda de acordo com a entidade, o sorotipo 3 vem sendo associado a formas graves da doença, mesmo em infecções primárias (quando o paciente não possui histórico de infecções por outros sorotipos da dengue). “O cenário levanta preocupações sobre o potencial impacto do sorotipo 3 na saúde pública”.

“O ressurgimento do sorotipo 3, após um período de ausência prolongada em determinadas áreas das Américas, aumenta a vulnerabilidade de populações que não foram previamente expostas a ele”, concluiu a Opas.

Em 2024, as Américas reportaram mais de 13 milhões de casos de dengue, sendo 22.684 classificados como quadros de dengue grave (0,17%), além de 8.186 mortes associadas à doença.

Nas primeiras semanas de 2025, 23 países e territórios das Américas contabilizam 238.659 casos de dengue, a maioria concentrada no Brasil (87%). Em seguida estão Colômbia (5,6%), Nicarágua (2,5%), Peru (2,5%) e México (2,5%). Do total de casos, 263 foram classificados como dengue grave, além de 23 mortes confirmadas.

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Saúde

Saúde dos olhos de alunos pede atenção na volta às aulas

Crédito © Bruno Peres/Agência Brasil

Médico alerta: visão é responsável por 80% do aprendizado na infância
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

Com retorno das aulas em escolas de boa parte do país, a saúde ocular dos alunos entra em foco no começo do ano. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) revelam que cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam problemas de visão. Dentre as alterações visuais mais comuns nessa faixa etária estão miopia, hipermetropia e astigmatismo.

Em entrevista à Agência Brasil, o oftalmologista Álvaro Dantas alerta que problemas no aprendizado ou desinteresse em determinadas atividades escolares podem ser sinais de complicações oculares.

“Alterações visuais são bastante comuns na infância e podem impactar diretamente no aprendizado. Se a criança enxerga mal, ela absorve mal o conhecimento que é passado e isso pode trazer repercussões importantes.”

Brasília (DF), 07/02/2025 - Saúde ocular de alunos pede atenção na volta às aulas. Doutor Álvaro Dantas. Foto: Álvaro Dantas/Arquivo Pessoal
Álvaro Dantas ressalta que a falta de tratamento pode prejudicar o desenvolvimento da criança – Álvaro Dantas/Arquivo Pessoal

Segundo Dantas, o estrabismo, popularmente conhecido como olho desviado, também figura como um quadro comum na infância e mais fácil de perceber. “É um sinal de alerta muito importante porque pode haver um problema sério em um dos olhos que precisa de tratamento imediato para evitar outra doença que estamos sempre muito atentos: a ambliopia ou olho preguiçoso.”

“Se a criança tem uma deficiência em um dos olhos e isso não é detectado a tempo, a falta de tratamento faz com que aquele olho não desenvolva sua capacidade visual e isso só tem solução até os 8 anos de idade. Se não for feito nessa época, essa criança pode se tornar um adulto com uma deficiência eterna em um dos olhos. Por causa de diagnóstico e tratamento a tempo.”

O oftalmologista destaca que a visão desempenha papel fundamental no processo de aprendizagem e que, quando a criança tem dificuldade para enxergar, pode perder informações importantes em sala de aula, ficar desmotivada ou mesmo apresentar falta de concentração. “Isso pode levar a uma queda no rendimento escolar e, em alguns casos, ser confundido com alguns transtornos de aprendizado ou déficit de atenção”.

“Essas crianças também podem ficar estigmatizadas e podem ser vítimas de bullying. É algo que pode acontecer. Tudo isso provocado por uma deficiência visual. O estrabismo e a ambliopia podem afetar a coordenação visual e ela pode ter muita dificuldade nas práticas esportivas. Por isso, identificar e tratar precocemente esses problemas é essencial para garantir um aprendizado pleno e sem dificuldades desnecessárias.”

O médico lembra que, muitas vezes, a própria criança não é capaz de perceber que tem um problema de visão, já que nunca enxergou as coisas de outra forma. “Para ela, aquela percepção visual é o normal”.

Por esse motivo, ele considera fundamental que pais e professores fiquem atentos aos seguintes sinais:

– se aproximar muito de livros, cadernos e telas;

– dificuldade para enxergar o quadro ou copiar conteúdos corretamente;

– se queixar frequentemente de dor de cabeça ou cansaço ocular;

– lacrimejamento excessivo ou sensibilidade à luz;

– desinteresse por atividades que exigem esforço visual, como leitura e desenho;

– e tendência a piscar excessivamente ou esfregar os olhos com frequência.

Ao notar qualquer um desses sinais, a orientação é levar a criança o quanto antes ao oftalmologista para uma avaliação. O ideal, segundo o médico, é que toda criança passe por um exame oftalmológico completo ainda no primeiro ano de vida, quando é possível diagnosticar problemas congênitos, como catarata, glaucoma e até mesmo o retinoblastoma, câncer que atinge a região dos olhos.

“O diagnóstico tardio pode levar à perda de um olho e, até mesmo, à morte. É um tipo de câncer que, dependendo da fase diagnóstica, pode ter alta letalidade. A partir da idade escolar, o recomendado é manter o acompanhamento anual ou conforme a orientação do oftalmologista, especialmente se houver qualquer histórico de problemas de visão na família.”

Na adolescência, segundo Dantas, a rotina de consultas anuais podem ser mantida, mas há também a possibilidade de consultas a cada dois anos, a depender da saúde ocular do jovem. “Em casos de miopia progressiva que, hoje em dia, está cada vez mais comum – a gente vive uma epidemia de miopia –, esse acompanhamento pode ser mais precoce para evitar vários problemas futuros”.

“A miopia, sem dúvida alguma, é um dos problemas que a gente mais tem preocupação porque tem solução e tem tratamento eficiente. Só se consegue um diagnóstico preciso indo ao oftalmologista. A miopia progressiva pode ser controlada com medidas adequadas pra evitar o aumento exagerado do grau. Hoje, temos várias orientações, óculos especiais e alguns colírios que podem interferir na evolução da miopia”, explicou.

“Crianças que enxergam bem têm melhor desenvolvimento acadêmico e social. Isso evita frustrações e dificuldades no aprendizado. Por isso, o acompanhamento oftalmológico regular é um investimento na saúde e no futuro nas crianças. É graças a um bom atendimento nessa fase da vida que a gente vai ter adultos enxergando bem e sem graves problemas.”

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Saúde

Fumaça de queimadas na gravidez pode afetar o peso do bebê

Pesquisa brasileira mostra associação entre exposição a esses poluentes e desenvolvimento fetal; estudo mostrou que, em 17 anos, o maior impacto ocorreu na região Sul

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein

A exposição à fumaça de queimadas durante a gravidez, especialmente no primeiro trimestre da gestação, pode aumentar o risco de o bebê nascer com baixo peso. O dado é de um estudo brasileiro publicado no The Lancet, conduzido por cientistas da Fundação Getúlio Vargas em Brasília, em parceria com instituições como a Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e as universidades de Toronto, no Canadá, e de Copenhagen, na Dinamarca.

Segundo os autores, já existem indícios de que a poluição do ar afeta os desfechos na gravidez, incluindo o risco de baixo peso ao nascer. “Mas há poucos estudos específicos sobre a poluição por queimadas e não havia um estudo em escala nacional”, explica o engenheiro ambiental Weeberb João Réquia Júnior, líder do trabalho, que se dedica a estudar o impacto de fatores ambientais na saúde pública.

“Além disso, avaliamos uma série temporal muito grande, o que nos permitiu analisar as informações com maior robustez.”

O grupo se debruçou sobre dados de mais de 1,5 milhão de recém-nascidos brasileiros entre os anos de 2001 e 2018, fornecidos pelo DataSus, do Ministério da Saúde. Para evitar qualquer viés, foram incluídos apenas bebês nascidos a termo – ou seja, aqueles que não eram prematuros. Também foram excluídos os que pesaram menos de 1 quilo ao nascer e os filhos de mães adolescentes e daquelas com mais de 45 anos, pois nessas faixas etárias há um risco maior do bebê nascer com baixo peso. Esses dados foram cruzados com informações de satélites sobre queimadas no país, compilados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Embora a pesquisa não aponte uma relação de causa e efeito, foi observada uma associação forte e estatisticamente significativa. “Para cada aumento de 100 focos de queimadas, houve um aumento no risco de o bebê nascer com baixo peso [menos de 2,5 quilos], principalmente se a grávida esteve exposta no primeiro trimestre”, diz Réquia Júnior.

Para a ginecologista Ana Paula Beck, do Hospital Israelita Albert Einstein, embora ainda não se possa afirmar que a fumaça das queimadas gere bebês de baixo peso, poderia haver uma causalidade, assim como ocorre com a exposição à fumaça do cigarro. “Mas a comprovação dessas situações é muito difícil e são necessários mais estudos para reforçar essa tese”, afirma.

O trabalho mostra que o maior impacto ocorreu na região Sul, apesar de, historicamente, as regiões mais afetadas pelas queimadas no país serem o Norte e o Centro-Oeste. Algumas hipóteses podem explicar esse achado: “Diferentes fontes de poluição têm composições variadas de substâncias químicas, o que pode afetar a gravidade dos impactos na saúde. Há também a possibilidade de poluentes de queimadas nas regiões Norte e Centro-Oeste serem transportados por ventos e atingir o Sul, resultando em exposição indireta”, diz o pesquisador da FGV.

De acordo com ele, estudos sugerem que o material particulado de queimadas pode ser transportado por longas distâncias, o que ampliaria o alcance geográfico de seus efeitos. Para o autor, essas consequências ainda podem ser potencializadas considerando a poluição das grandes cidades.

Fonte: Agência Einstein

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Saúde

Em estudo, exercício reduz efeitos do envelhecimento associado à obesidade

Pesquisa da Unicamp mostra que fazer atividade física ajuda a combater inflamação sistêmica provocada pelo excesso de peso e que é prejudicial ao sistema imunológico

Por Thais Szegö, da Agência Einstein

Entre os prejuízos à saúde provocados pelo excesso de peso está a chamada imunossenescência, que é o envelhecimento prematuro do sistema imunológico. Esse processo é desencadeado por uma inflamação crônica, causada pela liberação de substâncias inflamatórias pelo tecido adiposo.

“Isso faz com que as células de defesa envelheçam mais rápido, levando a uma diminuição na resposta imune que faz com que a pessoa fique mais suscetível a doenças infecciosas e enfermidades crônicas, como diabetes, AVC, infarto, alguns tipos de câncer e males degenerativos, como o Alzheimer”, explica o endocrinologista Clayton Macedo, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Publicado recentemente no The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, um estudo realizado na Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo, traz uma boa notícia para quem sofre com esse quadro: a prática de atividades físicas com intensidade moderada é capaz de reverter a imunossenescência.

Os pesquisadores recrutaram 167 homens e mulheres com idades entre 40 e 60 anos e os dividiram em três grupos: aqueles com obesidade; com obesidade e diabetes tipo 2; e pessoas com peso considerado adequado.

“Na triagem dos voluntários, fizemos diversos exames, como análises do sangue e biópsias do tecido gorduroso, e verificamos que aqueles que estavam obesos, com ou sem diabetes, apresentaram marcadores de envelhecimento nos linfócitos [glóbulos brancos do sistema imunológico] que não eram típicos da sua idade e não estavam presentes nos magros”, conta a professora doutora Cláudia Cavaglieri, coordenadora do Laboratório de Fisiologia do Exercício da Unicamp e a responsável por coordenar o trabalho.

Em seguida, os voluntários passaram a realizar três sessões semanais de uma hora de atividade física com intensidade moderada. Os treinos consistiam em meia hora de musculação e meia hora de corrida, caminhada ou pedalada em bicicleta ergométrica. Após 16 semanas, foram feitas novas análises que revelaram uma redução na expressão gênica associada à inflamação e à imunossenescência, chegando a valores próximos aos encontrados em pessoas magras. “Vale destacar que os voluntários foram acompanhados nutricionalmente, mas não fizemos nenhuma alteração na dieta deles”, observa Cavaglieri.

Outro benefício obtido após esse período foi o combate a alterações metabólicas promovidas pela obesidade, especialmente aquelas relacionadas às moléculas de gordura. Esse é mais um fator ligado ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 e outras doenças crônicas não transmissíveis.

De acordo com Cavaglieri, o treinamento combinado promove o efeito anti-inflamatório porque associa dois tipos de benefícios: mudança na composição corporal, com o ganho de massa magra proveniente dos treinos de força; e melhora dos indicadores cardiovasculares e diminuição da gordura, especialmente na região da cintura, provenientes das modalidades aeróbicas.

“O tecido adiposo libera mais substâncias inflamatórias, enquanto o tecido muscular tem efeito anti-inflamatório. Quando fazemos exercícios, o músculo libera miocinas, proteínas que ajudam a melhorar a sensibilidade à insulina e bloqueiam substâncias inflamatórias, melhorando a resposta do sistema imunológico”, explica a pesquisadora da Unicamp.  

E não para por aí. “Os exercícios ainda melhoram os níveis de açúcar no sangue, diminuem o triglicérides e o LDL, o mau colesterol, aumentam o HDL, o bom colesterol, e renovam as células de defesa, que são outros fatores importantes para combater a obesidade e as comorbidades, além da perda cognitiva do envelhecimento”, acrescenta Macedo.

Para o médico do Einstein, esse estudo evidencia que os benefícios dos exercícios vão além da balança. “Muitas vezes, a perda de peso não é tão intensa quanto o esperado em relação aos números, mas eles alteram a composição corporal. Além de melhorar a aparência, faz com que sejam uma poderosa arma na prevenção e até mesmo como tratamento coadjuvante de doenças e suas complicações”, destaca Clayton Macedo.

Fonte: Agência Einstein

 

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Saúde

Laboratórios de análises clínicas são indispensáveis na manutenção da saúde

Clientes do PSC Saúde tem à disposição o CDC Laboratório, um dos melhores da região

Um bom laboratório de análises clínicas deve ser um dos itens a serem levados em conta na hora de contratar um plano de saúde. É por isso que o PSC Saúde conta com a parceria de um dos melhores laboratórios da região, o Laboratório CDC.

O Laboratório CDC atua no ramo de prestação de serviços de análises clínicas desde 1991, tem sede na cidade de Valinhos e hoje atua também nas cidades de Campinas e Vinhedo e oferece serviços de análises clinicas, garantindo a seus clientes um atendimento humanizado, confiável e qualificado utilizando as melhores práticas e inovações tecnológicas, com foco na segurança e melhoria continua. O laboratório possui ainda a certificação ONA (Organização Nacional de Acreditação), entidade que certifica a qualidade de serviços de saúde no Brasil, com foco na segurança do paciente.

Para facilitar o acesso aos clientes do PSC Saúde, o CDC mantém duas unidades em Valinhos; uma no Centro e outra no Jardim Monte Verde; e também no Hospital Galileo, que é o hospital referência em Valinhos para os clientes do PSC Saúde. Além disso, o CDC também faz coletas na Santa Casa de Vinhedo, que também é um dos hospitais que fazem parte do PSC Saúde.

Laboratórios de análises clínicas são importantes porque têm o indispensável papel de realizar o acompanhamento da saúde dos pacientes, permitindo que os profissionais que solicitam os exames, como os médicos e nutricionistas entendam o que os sintomas significam, além de ajudarem a diagnosticar doenças e outras condições do organismo e, por consequência, as condutas mais adequadas para cada caso.

Em outras palavras, a importância de um laboratório de análises clínicas está diretamente relacionada à manutenção da saúde, ou seja, quem deseja realizar check-ups periódicos e se manter em dia com seus exames deve procurar esse tipo de serviço. Os exames mais comuns são os de sangue, como o hemograma e os de urina e fezes.

Serviço
PSC Saúde Valinhos – Assistência Médica
ANS Nº 41.995-8
Av. Onze de Agosto, 1451 – 6º andar – Edifício Ellopar
(19) 3829.6699

CDC Laboratório
Unidade Matriz – Rua José Milani, 467 – Centro – Valinhos – (19) 3869-3099
Unidade Central Analisys – Rua Joaquim de Castro, 56 – Jd. Monte Verde – Valinhos – (19) 3869-8500
Hospital Galileo – Rua Dr. Alfredo Zacarias, 1816 – Jd. Maracanã – Valinhos – (19) 2115-2009
Santa Casa de Vinhedo – Av. Independência, 4705 – Jd. Santa Rosa – Vinhedo – (19) 3836-3445

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