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Padre Patrick depõe na CPI das Bets e alerta para vício em apostas

Influenciador digital com milhões de seguidores compartilha preocupação de famílias com o problema

O Padre Patrick Fernandes, figura conhecida não só pelos seus sermões, mas também por sua grande influência digital, com mais de 7 milhões de seguidores nas redes sociais, compareceu nesta quarta-feira, dia 21, para prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets no Senado. A presença do religioso na CPI, que investiga a influência das casas de apostas online no orçamento das famílias brasileiras, ganhou destaque após o próprio padre expressar seu desejo de ser ouvido pela comissão em um vídeo nas redes sociais.

O convite oficial para o depoimento veio logo depois de sua manifestação. Em suas declarações prévias, o Padre Patrick revelou ter recusado propostas para divulgar empresas de apostas, demonstrando uma postura ética diante de um mercado que tem crescido exponencialmente.

Além de sua recusa em promover tais plataformas, o religioso trouxe à tona uma preocupação que ele ouve de perto: o vício em apostas. Padre Patrick relatou que recebe, em sua igreja, famílias aflitas e preocupadas com o problema do vício em apostas, evidenciando o impacto negativo que essa prática pode ter na vida das pessoas e na estrutura familiar.

A participação do Padre Patrick na CPI das Bets é um lembrete importante de que o debate sobre as apostas online transcende o âmbito econômico e entra em questões sociais e de saúde pública. 

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Alckmin entrega ao Papa convite para visitar o Brasil durante a COP30

© Vatican News/Divulgação
Vice-presidente assistiu à missa que celebrou pontificado do novo Papa
Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, entregou ao Papa Leão XIV, uma carta na qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o convida para uma visita ao Brasil, em especial para a COP30, a ser realizada em Belém (PA), no mês de novembro.

De acordo com a assessoria da Vice-Presidência, a entrega da carta foi neste domingo, dia 18, após Alckmin ter assistido à missa que celebrou o pontificado do novo Papa. Na carta, Lula também lembrou que as relações entre Brasil e Santa Sé completarão 200 anos em 2026.

A COP30 é a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP). É um encontro anual onde líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil discutem ações para combater as mudanças climáticas.

Neste ano, a COP30 será sediada no Brasil será na capital paraense.

“Quero destacar a honra de representar o governo brasileiro no início do pontificado do Papa Leão XIV, trazer os cumprimentos do presidente Lula ao chefe de Estado do Vaticano e ao líder espiritual da Igreja Católica Apostólica Romana. E trouxe o convite do Presidente Lula para o Papa Leão XIV para visitar o Brasil, especialmente, na COP30 em novembro em Belém”, disse Alckmin durante o encontro.

Segundo o vice-presidente, que está em Roma desde sábado (17), ao promover a paz, o Papa Leão XIV traz uma “grande esperança para toda a humanidade”.

O vice se reuniu com os cardeais brasileiros e com o arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário para as relações com os Estados e Organizações Internacionais da Santa Sé, na embaixada do Brasil da Santa Sé.

Alckmin retornouao Brasil ainda neste domingo.

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Gérard Depardieu é condenado por agressão sexual na França

O caso marca um momento importante no debate sobre o combate à violência sexual no meio artístico francês

 

A Justiça francesa condenou nesta terça-feira, dia 13, o renomado ator Gérard Depardieu por abuso sexual de duas mulheres durante as filmagens de 2021. A sentença foi de 18 meses de prisão, com pena suspensa, ou seja, o artista não precisará cumprir a pena imediatamente.

Depardieu, de 76 anos, foi considerado culpado por ter tocado de forma inadequada uma cenógrafa de 54 anos e uma assistente de 34 anos no set de filmagem do filme “Les Volets Verts”. O caso marca um momento importante no debate sobre o combate à violência sexual no meio artístico francês, especialmente após o movimento #MeToo, que trouxe à tona diversas denúncias contra figuras públicas.

O ator, que sempre negou as acusações, não compareceu à audiência desta semana. Além da pena suspensa, a Justiça ordenou que seu nome seja incluído em uma lista de criminosos sexuais, reforçando a gravidade do caso.

A carreira de Depardieu, uma das mais célebres do cinema francês, foi marcada por conquistas internacionais, incluindo uma indicação ao Oscar em 1991 pelo papel de Cyrano de Bergerac. Durante o julgamento de quatro dias realizado em março, ele negou as acusações, afirmando que “não é assim”. Reconheceu ter utilizado linguagem vulgar no set e admitiu ter segurado os quadris da cenógrafa durante uma discussão, mas insistiu que seu comportamento não tinha conotação sexual.

Este episódio reflete o momento de reflexão que a sociedade francesa atravessa sobre o comportamento de suas figuras públicas e os limites do poder e da conduta no ambiente de trabalho artístico.

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Senado Italiano vota Decreto que muda o reconhecimento da Cidadania Italiana

Jurista Italiano radicado no Brasil diz que a proposta é inconstitucional e promove uma verdadeira desnacionalização em massa

 

Está marcada, para os próximos dias 7 e 8 de maio, a votação do Decreto-Lei nº 36/2025, que altera as regras para reconhecimento da Cidadania Italiana. O texto, assinado pelo Ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, no dia 28 de Março, suspendeu, por 60 dias, os pedidos de reconhecimento de novas cidadanias. Com uma das maiores comunidades de ítalo-descendentes do mundo, o Brasil é um dos mais afetados pela proposta. De acordo com a Embaixada Italiana no Brasil, mais de 30 milhões de brasileiros  tem algum ancestral italiano.

A proposta contraria o ordenamento jurídico italiano, que sempre reconheceu a transmissão da cidadania por descendência sanguínea (iure sanguinis), sem limites e restrição de geração. Dentre outras alterações, o Decreto prevê a transmissão da cidadania apenas para filhos e netos de cidadãos italianos. Os parlamentares tem prazo até o dia 27 de Maio para converter o Decreto em Lei, com a possibilidade de acolherem emendas, modificando a proposta original. Caso não seja votado até essa data, o Decreto-Lei perde a sua validade.

 

O que diz o Jurista David Manzini

Para o jurista David Manzini, um dos maiores especialistas no tema, “esse Decreto-Lei é um ato politicamente cínico, juridicamente frágil e constitucionalmente questionável. A cidadania italiana por sangue é um direito subjetivo perfeito. Não é uma concessão gentil do Estado. É o reconhecimento de uma condição jurídica já existente”, explica. “A Itália, ao contrário de outros países, sempre fundamentou a cidadania no ‘ius sanguinis’, e não no território. Foi uma escolha identitária”, ressalta Manzini.  A seguir alguns tópicos destacados pelo jurista:

– A Cidadania Italiana por descendência é um direito originário, fundamental, que pode ser exercido a qualquer tempo.

– O novo Decreto-Lei não se limita a disciplinar a aquisição futura da cidadania. Ele revoga a cidadania de milhares de indivíduos que a possuem desde o nascimento. A norma afeta o status jurídico originário, violando os princípios da irretroatividade das leis e da confiança legítima na segurança do ordenamento jurídico.

– A CEDU – Corte Institucional Italiana e a Corte de Justiça Europeia estabelecem que, normas retroativas só são admissíveis sob condições rigorosas e justificadas, totalmente inexistentes no caso regulado pelo Decreto-Lei.

– Esse Decreto-Lei compromete a segurança jurídica, viola a previsibilidade normativa e rompe com o dever de lealdade do Estado.

– A aplicação desse Decreto-Lei resultaria num fenômeno de ‘desnacionalização em massa’, contrário a todos os princípios constitucionais internos e internacionais.

Quem é David Manzini

O Jurista Italiano David Manzini é um dos maiores especialistas em Cidadania Italiana, em atividade no Brasil. Radicado em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha (um dos maiores berços da imigração italiana no país), Manzini fundou a NOSTRALI, termo que significa ‘nosso local’ ou ‘originário da nossa terra’ e já assessorou mais de 20 mil famílias em processos de reconhecimento da dupla cidadania. No Brasil, Manzini comanda uma equipe multidisciplinar de 150 colaboradores, que inclui até historiadores e especialistas em árvore genealógica. A NOSTRALI também mantém um escritório na Itália, com um corpo jurídico próprio.

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Empresas brasileira avançam em práticas sustentáveis, mas comprovação de retorno financeiro segue como desafio, aponta pesquisa Amcham

Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil

As empresas no Brasil continuam avançando na adoção de práticas de sustentabilidade. A terceira edição da pesquisa Panorama da Sustentabilidade Corporativa, realizada pela Amcham Brasil em parceria com a Humanizadas, revela o amadurecimento desse movimento nas organizações, com a sustentabilidade cada vez mais integrada às estratégias de negócios.

O estudo, apresentado durante o Fórum de Sustentabilidade Amcham 2025, ouviu 401 empresários, que representam cerca de 505 mil empregos diretos e um faturamento anual de R$ 2,9 trilhões.

O levantamento mostra que 76% das empresas já se encontram em posição relevante na curva de maturidade da sustentabilidade — sendo 52% engajadas na adoção estruturada de práticas sustentáveis e 24% destacando-se por liderarem essas práticas em seus setores. O resultado representa um crescimento de 5 pontos percentuais em comparação com a pesquisa do ano anterior.

A evolução também é evidente na estratégia de negócios: 72% das empresas afirmam que a sustentabilidade já faz parte de sua estratégia corporativa, ante 34% no levantamento anterior.

 

“A sustentabilidade deixou de ser tratada como uma agenda isolada e passou a ocupar um espaço cada vez mais central nas decisões empresariais. O desafio que persiste é precisar, com dados e indicadores confiáveis, o valor financeiro que ela gera para o negócio”, afirma Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil. 

 

Entre os principais desafios percebidos pelas empresas para acelerar seus compromissos com a sustentabilidade estão:

Comprovação do retorno financeiro das ações sustentáveis (58%);

Engajamento da alta liderança (54%);

Alinhamento entre sustentabilidade, cultura e modelo de negócios (44%).

 

A pesquisa também revela que apenas 48% das empresas utilizam benchmarks e avaliações externas para embasar suas decisões na área de sustentabilidade, indicando a necessidade de maior uso de dados mensuráveis, indicadores confiáveis, padrões internacionais e análises independentes.

 

Tendências para os próximos anos 

As principais apostas das empresas para os próximos ciclos incluem:

Alinhar sustentabilidade à performance financeira e ao modelo de negócio (75%);

Fortalecer a cultura organizacional orientada à sustentabilidade (62%);

Investir em energia limpa, inovação e tecnologias sustentáveis (51%);

Adotar métricas confiáveis e padronizadas para guiar decisões estratégicas (52%).

 

Além das ações do setor privado, o estudo destaca a expectativa sobre o papel do Estado para acelerar a agenda sustentável. Entre as principais medidas apontadas estão:

Ampliação de incentivos fiscais e linhas de crédito para empresas sustentáveis;

Estabelecimento de regras claras, metas definidas e fiscalização eficaz;

Investimentos em educação, capacitação e pesquisa aplicada;

Apoio a infraestrutura sustentável e tecnologias limpas;

Fomento a inovações verdes e ampliação do acesso a capital;

Estímulo à economia circular e ao manejo de resíduos;

Redução de incentivos a práticas poluentes e precificação de emissões de carbono;

Adoção de compras públicas sustentáveis como motor da nova economia.

 

“A Amcham tem atuado de forma propositiva junto ao Congresso Nacional, apoiando propostas que impulsionem a energia limpa, a economia circular, o financiamento sustentável e o mercado regulado de carbono — pilares fundamentais para posicionar o Brasil como líder da nova economia verde”, destaca Abrão Neto.

 

A pesquisa completa está disponível no site da Amcham, acessando:

liga.amcham.com.br/panoramasustentabilidade 

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Entenda como acontece a escolha do novo papa

Cardeais se reúnem na Capela Sistina para o conclave que elegerá um sucessor para o papa Francisca no Vaticano (REUTERS / Vaticano)

Um novo papa será escolhido por meio de uma eleição (Conclave) que reúne 120 cardeais com direito a voto

O Vaticano confirmou, na madrugada desta segunda-feira, dia 21, a morte do papa Francisco. Ele faleceu na Casa Santa Marta, onde morava oficialmente. O anúncio foi feito pelo cardeal Kevin Farrell.

O líder da Igreja Católica tinha 88 anos e enfrentava problemas respiratórios. Francisco passou cerca de 40 dias hospitalizado por causa de uma pneumonia dupla e, apesar do quadro clínico, fez aparições públicas recentes, incluindo uma bênção aos fiéis na Praça de São Pedro, no Domingo de Páscoa, dia 20.

Com o falecimento do líder da Igreja Católica, um novo papa será escolhido por meio de uma eleição (Conclave) que reúne 120 cardeais com direito a voto, seguindo um meticuloso procedimento em três fases. A etapa inicial é o pré-escrutínio, onde as escolhas são registradas. Em seguida, ocorre o escrutínio, no qual os votos são efetivamente depositados e divulgados. Por último, na fase do pós-escrutínio, realiza-se a contagem, a análise e a queima dos votos.

 “A principal expectativa em relação a um novo papa eleito é, justamente, conhecer o seu perfil e estilo. A pergunta que se faz, entre outras, é se o estilo do anterior vai se manter ou se ocorrerão mudanças bruscas em relação ao passado. A Igreja, cada vez mais, precisa lidar com questões delicadas, pois todo novo papa é uma oportunidade de refazer o diálogo entre a sociedade e o mundo religioso”, afirma Gabriel Marquim, professor do curso de Comunicação Social da UNINASSAU Graças e Doutor em Ciências da Religião.

Acompanhados pelo secretário responsável por supervisionar toda a assembleia, os cardeais permanecem isolados na área de votação. “A eleição de um papa, em si, não sofre interferência da tecnologia. Na verdade, há uma enorme proteção de dados para os cardeais não definirem seu voto pelas correntes da opinião pública. Isso não significa, é claro, que eles não sejam influenciados”, explica o especialista.

Após cada reunião, os cardeais ficam vigilantes diante da chaminé da Capela Sistina. São necessários dois terços deles para a eleição do pontífice. A fumaça preta sinaliza que o novo papa ainda não foi selecionado. Já a fumaça branca indica a escolha do líder da Igreja. Nesse momento, o cardeal protodiácono se dirige à varanda da Basílica de São Pedro para divulgar o nome.

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Governo Federal inicia curso de formação de professores em educação especial

Curso de aperfeiçoamento em Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo formar professores para promover práticas pedagógicas inclusivas e atender às necessidades específicas de cada estudante. Foto: GettyImages
Iniciativa do MEC terá 120 horas de aulas para formar professores em promoção de práticas pedagógicas inclusivas capazes de atender as especificidades de cada estudante

Com o objetivo de formar professores para promover práticas pedagógicas inclusivas e atender às necessidades específicas de cada estudante, o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), deu início ao curso de aperfeiçoamento em Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.

Realizado a distância, o curso tem 120 horas e o lançamento, realizado na terça-feira, dia 15, foi marcado por um webinário, que reuniu nomes da área da educação inclusiva e foi transmitido pelo Canal do MEC no YouTube.

O MEC e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) vão ofertar 1,2 milhão de vagas para o curso de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva até 2026. Os interessados podem acessar a página da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
Participam da iniciativa 50 instituições públicas de ensino superior de todas as regiões do país. Além da formação, são oferecidos outros cursos via Rede Nacional de Formação Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica Pública (Renafor). No ano passado, foram ofertados 77 cursos (50 para professores e 27 para gestores), com mais de 30 mil vagas.

QUATRO MÓDULOS – O curso será ofertado na modalidade a distância do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Capes. A carga horária de 120 horas está distribuída entre quatro módulos:

  • Direitos Humanos, Diversidade e Educação Inclusiva;
  • Desenvolvimento Humano, Ensino e Aprendizagem na Perspectiva da Educação Inclusiva;
  • Currículo, Tecnologias e Práticas Pedagógicas Inclusivas;
  • Práticas, Recursos e Materiais Pedagógicos Inclusivos na Escola.

MARCO HISTÓRICO – Durante o webinário de lançamento do curso, o diretor de Educação a Distância da Capes, Antonio Amorim; os professores e consultores da Capes, Márcia Pletsch e Klaus Schlunzen; e o diretor de Políticas de Educação Especial da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, Alexandre Mapurunga, apresentaram as ferramentas da plataforma Ambiente Virtual Colaborativo de Aprendizagem (Avacapes). “Esse é um momento marcante e histórico, porque se trata do maior programa de formação continuada já desenvolvido no que concerne à educação inclusiva. O curso marca o compromisso ético, político e pedagógico com a justiça social e com o direito inalienável à educação de todos, assumida pelo MEC”, destacou Mapurunga.

RELEVÂNCIA SOCIAL – Antonio Amorim destacou que o curso foi muito esperado pela Capes e que se trata de uma temática com relevância social, educativa, emergente e urgente. “Todo o curso foi organizado com articulação de grupos de pesquisa e programas de pós-graduação que trabalham com essa temática, por toda a vinculação sociocultural e por imaginar um mundo em que as diferenças sejam afirmadas com todas as suas potencialidades”, completou.

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Iniciativa vai selecionar jovens para representar o Brasil na COP 30

Propaganda da COP 30 no saguão de embarque do Aeroporto Internacional de Belém – Júlio César Ribeiro/Val-de-Cans. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Inscrições para negociadores climáticos vão até dia 11

Fabíola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil

Na próxima terça-feira, dia 11 termina o prazo para jovens negociadores climáticos de todo o país se inscreverem no processo de seleção do Campeão Climático da Juventude (Youth Climate Champion – YCC em inglês). A iniciativa formará a delegação jovem que representará o país nos debates e negociações sobre as mudanças climáticas durante a 30ª Conferência das Partes (COP30), em novembro, na cidade de Belém (PA).

Podem se inscrever jovens com nacionalidade brasileira e idade entre 18 e 35 anos. Também é necessário morar no Brasil, ter experiência nas agendas de clima e meio ambiente e falar inglês fluente.

A inscrição deve ser feita pelo e-mail selecao.pycc@presidencia.gov.br. É necessário enviar o currículo, comprovação de experiência de pelo menos cinco anos, e o formulário de ciência da Decisão 16 (COP28) que trata do regramento internacional sobre a função, além de dados pessoais (nome completo, data de nascimento, endereço e telefone). Um e-mail de confirmação será enviado em resposta até o dia 12 de março.

Os documentos serão analisados até o dia 16 e o resultado provisório das inscrições habilitadas será divulgado na página da Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da República no dia 17 de março.

Recursos sobre o resultado provisório poderão ser apresentados até o dia 19 e no dia 21 de março será publicada a lista final com o nome de todos os candidatos habilitados. A lista também será anunciada pelo presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago.

Iniciativa

O Jovem Campeão Climático é uma iniciativa que integra o Programa Presidency Youth Climate Champion de fortalecimento da participação dos jovens nas políticas climáticas e nos processos internacionais de negociação sobre o tema. A estruturação dessa representatividade foi efetivada durante a COP28 ocorrida em 2023, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Os jovens selecionados atuam como embaixadores e representantes da causa climática em conferências internacionais, além de serem capacitados a promoverem ações e políticas em suas comunidades. A ideia é criar uma rede global para articulação e colaboração mutua, além de viabilizar o engajamento direto com especialistas e líderes políticos para levar as perspectivas e vozes da juventude de todos os lugares do mundo.

Para mais informações sobre o processo de inscrições consulte o edital de chamamento YCC.

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Trump retira autorização para petroleira dos EUA atuar na Venezuela

Medida foi anunciada na última quarta-feira, dia 26
Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, anunciou nessa quarta-feira, dia 26, que vai cancelar a licença da Chevron na Venezuela, uma das principais petroleira dos EUA, a partir do próximo dia 1º de março. A licença permite que a companhia amplie a produção na Venezuela, exportando petróleo cru para os EUA e contornando as sanções impostas ao país sul-americano.

De acordo com o mandatário estadunidense, a mudança foi motivada pelas condições eleitorais do país sul-americano e devido à política de deportação de imigrantes dos EUA.

“O regime [da Venezuela] não tem transportado os criminosos violentos que eles enviaram para o nosso país (os bons e velhos EUA) de volta para a Venezuela no ritmo rápido que eles haviam concordado”, afirmou Trump em uma rede social.

Em novembro de 2022, o governo do então presidente dos EUA, Joe Biden, havia concedido autorizações especiais para a Chevron atuar na Venezuela, flexibilizando o embargo imposto ao país. A licença permitiu o aumento da participação da petroleira estadunidense na economia local, ajudando a reativar o crescimento econômico.

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez, rechaçou a decisão afirmando que ela é lesiva e inexplicável e que, ao pretender causar dano aos venezuelanos, Trump está prejudicando os EUA e suas empresas.

“Venezuela ressalta que este tipo de ações falidas impulsionaram a migração dos anos 2017 a 2021 com consequências amplamente conhecidas. A Venezuela continuará seu caminho de recuperação econômica integral, garantindo-o com o esforço criativo de todos e em absoluta adesão à sua soberania e independência nacional”, destacou em uma rede social.

Desde agosto 2017, a Venezuela sofre com uma série de sanções aplicadas unilateralmente por Washington e pela União Europeia contra o setor financeiro, petroleiro e de minerais do país. As medidas têm contribuído para a crise econômica do país vizinho, que perdeu cerca de 7 milhões de habitantes para imigração nos últimos anos.

A oposição venezuelana vinha pedindo ao governo dos Estados Unidos que retirasse a autorização da Chevron como forma de pressionar o governo de Nicolas Maduro, acusado de fraudar as eleições presidenciais de julho de 2024.

A líder oposicionista Corina Machado afirmou que à medida “envia uma mensagem clara e firme de que Maduro está em grandes apuros e o presidente Trump está com o povo venezuelano. Essa é coisa certa a se fazer”. Corina recebeu a notícia enquanto concedia uma entrevista ao canal do filho de Trump, Donald Trump Jr.

Trump 2.0

Após assumir a Casa Branca pela segunda vez, em janeiro deste ano, o presidente Trump mandou um enviado especial à Caracas, o emissário Richard Grenell, para negociar com Nicolás Maduro.

Existia a expectativa de que, apesar das divergências entre os dois presidentes, o governo estadunidense mantivesse uma relação estável com Maduro, diferentemente da posição de Trump no primeiro mandato, quando aplicou uma política de “máxima pressão” para derrubar o chavista do Palácio de Miraflores, em Caracas.

Em entrevista à The Epoch Times, na semana passada, Grenell afirmou que, dessa vez, Trump não queria fazer “mudanças de regime”.

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Lula decide substituir Nísia por Padilha no Ministério da Saúde

© Marcelo Camargo/Agência Brasil
Posse está marcada para o dia 6 de março
Andreia Verdélio e Paula Laboissière – Repórteres da Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nesta terça-feira, dia 25, substituir a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que está no cargo desde janeiro de 2023. O substituto será o atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que já foi ministro da Saúde entre 2011 e 2014. 

Em nota, o Palácio do Planalto disse que Lula comunicou a saída de Nísia em reunião na tarde desta terça-feira. A posse de Padilha está marcada para o dia 6 de março.

“O presidente agradeceu à ministra pelo trabalho e dedicação à frente do ministério”, diz a nota. 

 

Padilha

Nascido em São Paulo (SP), em 14 de setembro de 1971, Alexandre Rocha Santos Padilha é médico infectologista formado pela Universidade de São Paulo (USP), com doutorado em Saúde Pública pela Universidade de Campinas (Unicamp). Também atua como professor universitário.

Deputado federal reeleito pelo PT de São Paulo, está licenciado do cargo para compor a equipe ministerial do presidente Lula. Também foi ministro nos governos Lula (2009-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014), tendo chefiado as pastas das Relações Institucionais e da Saúde, respectivamente.

Ainda assumiu as mesmas pastas durante a gestão de Fernando Haddad (2015-2016) na Prefeitura de São Paulo.

Despedida

Pouco antes da formalização da troca no ministério, Nísia participou de cerimônia no Palácio do Planalto onde anunciou uma vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue. Já em clima de despedida, ela foi a primeira a falar, pediu que os secretários da pasta ficassem de pé para serem aplaudidos por seu trabalho e foi ovacionada por servidores presentes no evento.

Em nota divulgada na última sexta-feira, dia 21, Nísia avaliou que a pasta, sob o comando de Lula, vem cumprindo com o compromisso de reestruturar o SUS e de cuidar da saúde da população “com resultados concretos”, citando feitos como 100% dos medicamentos do programa Farmácia Popular com gratuidade e o aumento da cobertura vacinal no país após mais de seis anos de quedas consecutivas.

Antes de assumir a Saúde, em janeiro de 2023, Nísia Trindade ocupava o posto de presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde 2017.

Brasília (DF), 25/02/2025 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (e) ao lado da ministra da saúde, Nísia Trindade (d), durante cerimônia de assinatura de parcerias para fortalecimento da produção e inovação de vacinas e biofármacos Foto: Jose Cruz/Agência Brasil
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado da ministra da saúde, Nísia Trindade, durante cerimônia de assinatura de parcerias para fortalecimento da produção
e inovação de vacinas e biofármacos Foto: Jose Cruz/Agência Brasil – Jose Cruz/Agência Brasil

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