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Texas: 125 mortos e busca por desaparecidos continua

Tragédia atinge Condado de Kerr, com impacto severo em Acampamento Cristão
As enchentes repentinas que assolaram o estado do Texas, nos Estados Unidos, já deixaram 125 mortos, enquanto as equipes de resgate intensificam os esforços para encontrar mais de 160 desaparecidos. O Presidente Donald Trump confirmou que visitará a área do desastre nesta sexta-feira, dia 11, uma semana após a tragédia.
As autoridades informaram que 110 mortes foram registradas na região central do Texas e 15 no restante do estado. O Condado de Kerr foi o mais afetado, contabilizando 95 óbitos, incluindo 36 crianças, segundo o xerife Larry Leitha. Entre as vítimas, 27 crianças e monitores estavam no acampamento cristão Camp Mystic, às margens do Rio Guadalupe, que abrigava cerca de 750 pessoas. Até a última quarta-feira, cinco campistas, um monitor e outra criança não ligada ao acampamento ainda estavam desaparecidos.
Mais de 2 mil socorristas, policiais e especialistas estão mobilizados na área, utilizando helicópteros, drones e cães farejadores. O governador do Texas, Greg Abbott, destacou que a prioridade é encontrar todas as pessoas desaparecidas no Condado de Kerr, apesar da diminuição da esperança de encontrar sobreviventes, cinco dias após a cheia atingir a área turística em pleno feriado prolongado de 4 de julho.
A Casa Branca defendeu o Serviço Meteorológico Nacional (NWS) das críticas sobre a precisão das previsões, refutando que cortes orçamentários teriam comprometido os alertas. A porta-voz Karoline Leavitt classificou a culpa ao Presidente Trump como uma “mentira hedionda”, afirmando que o NWS emitiu “previsões e alertas oportunos e precisos”. Apesar do alerta emitido pouco depois da 1h local, muitos moradores estavam dormindo ou com celulares desligados.
As chuvas torrenciais da manhã de sexta-feira foram a causa das cheias, com o Rio Guadalupe subindo oito metros em apenas 45 minutos e despejando quase 300 milímetros de chuva por hora — um terço da precipitação média anual. A comunidade científica alerta que eventos climáticos extremos, como inundações e secas, estão se tornando mais frequentes e intensos devido às alterações climáticas induzidas pelo homem.


