Brasil e Mundo

Oito pessoas estão foragidas após megaoperação da Polícia Federal

Vazamento de informação é uma das hipóteses investigadas

Oito pessoas continuam foragidas após três megasoperações da Polícia Federal (PF) contra a lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. As ações, batizadas de Quasar, Tank e Carbono Oculto, foram deflagradas na quinta-feira, 28 de agosto. Do total de 14 mandados de prisão emitidos, a PF conseguiu cumprir apenas seis, uma estatística considerada incomum para a instituição.

Assim, a baixa quantidade de prisões levantou a suspeita de um possível vazamento de informações. A PF investiga a hipótese, afinal, o diretor geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, declarou em coletiva de imprensa que o resultado não é “uma estatística normal” das operações da entidade.

A Operação Tank, em primeiro lugar, foi a que emitiu o maior número de mandados de prisão. Ela focou no desmantelamento de “uma das maiores redes de lavagem de dinheiro já identificadas no Paraná”.

Conforme o Ministério da Justiça, o grupo criminoso atuava desde 2019 e movimentou mais de R$ 23 bilhões. A rede era composta por centenas de empresas, como postos de combustíveis, distribuidoras, holdings, empresas de cobrança e instituições de pagamento autorizadas pelo Banco Central.

Além disso, a Operação Quasar buscou desarticular uma “organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituições financeiras”, utilizando fundos de investimento para ocultar patrimônio de origem ilícita. De fato, a investigação encontrou indícios de ligação do grupo com facções criminosas.

Por fim, a Operação Carbono Oculto mirou em um “sofisticado esquema de fraudes, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, controlado pelo crime organizado”.

A Agência Brasil contatou a Polícia Federal, que informou que o número de presos se manteve em seis até o final da manhã desta sexta-feira, 29 de agosto.

COMPARTILHE NAS REDES