Brasil e Mundo

Imposto de Renda até R$ 5 mil pode ir a votação na Câmara

Presidente da Câmara, Hugo Motta, fala sobre a proposta do governo federal e a importância de afastar “pautas tóxicas” para priorizar o que realmente importa
Elaine Patrícia Cruz – Repórter da Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou nesta segunda-feira, 22 de setembro, que o projeto do governo federal para a isenção do Imposto de Renda (IR), para pessoas que recebem até R$ 5 mil, pode ser votado na próxima semana. O anúncio aconteceu durante um evento promovido pelo banco BTG Pactual em São Paulo.

Motta disse que chamou o relator do projeto, deputado Arthur Lira, para uma reunião com o colégio de líderes nesta semana. “Nós sabemos o quanto essa pauta trará avanços significativos para milhões de brasileiros e brasileiras, do ponto de vista da justiça tributária”, disse. “Eu penso que, em seu amadurecimento, chega o momento de levarmos essa pauta ao plenário.”

Responsabilidade fiscal e “pautas tóxicas”

Embora os parlamentares possam propor emendas ao projeto, Motta ressaltou a importância de ter responsabilidade com as contas públicas. “Cada atitude que for tomada por cada partido também tem a responsabilidade sobre a consequência dessa atitude, porque nós estamos tratando das contas públicas do país”, destacou.

O presidente da Câmara também criticou o que chamou de “pautas tóxicas”. Ele foi um dos alvos das manifestações que ocorreram no último domingo, contra a anistia a condenados por golpe de Estado e a chamada PEC da Blindagem. “Precisamos tirar da frente todas essas pautas tóxicas, essas cascas de banana que têm tomado as discussões atualmente no Congresso Nacional”, afirmou. Ele defende a votação de projetos que realmente interessem à população, como a reforma administrativa, a questão do Imposto de Renda e a segurança pública.

Democracia e direito de manifestação

Motta lamentou que os conflitos dominem o noticiário e deixem os assuntos mais importantes em segundo plano. “A pauta que lidera hoje o noticiário é a pauta do conflito. É a pauta que anima esses polos e deixa os assuntos mais importantes, que dizem respeito ao dia a dia da sociedade, em segundo plano”, disse.

Sobre as manifestações de domingo, o presidente da Câmara disse que respeita a democracia e o direito da população de se manifestar. “As manifestações demonstram que a nossa democracia segue mais viva do que nunca”, declarou. Ele também defendeu a proposta de emenda à constituição que dificulta ações judiciais contra parlamentares, mesmo com a reação popular.

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