Melissa deve continuar sendo um furacão de grande intensidade ao se deslocar por Cuba, pelas Bahamas e nas proximidades de Bermudas. Foto: AP Photo/Matias Delacroix Foto: Matias Delacroix/AP

Tempestade histórica já causou destruição em quatro países e segue com ventos de mais de 200 km/h pelo Caribe

O furacão Melissa perdeu força e foi rebaixado para categoria 3 antes de atingir, nesta quarta-feira, dia 29, a costa leste de Cuba. Mesmo enfraquecido, o fenômeno segue com ventos sustentados de 205 km/h e ameaça novas regiões do Caribe após abrir um rastro de destruição pela Jamaica na terça-feira, dia 28.

De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), o ciclone se aproxima da província de Santiago de Cuba e deve continuar sendo um furacão de grande intensidade ao atravessar Cuba, as Bahamas e seguir rumo às Bermudas.

Antes de chegar a Cuba, Melissa atingiu o pico da categoria 5, uma das mais fortes registradas na região. O balanço parcial indica dez mortes: três na Jamaica, três no Haiti, três no Panamá e uma na República Dominicana.

A passagem prolongada por terra enfraqueceu a tempestade para categoria 4 na tarde de terça, mas os danos na Jamaica continuam severos. O ministro Desmond McKenzie informou que a paróquia de St. Elizabeth está “submersa”, e que muitas áreas seguem isoladas, dificultando o resgate e o levantamento de vítimas.

Mais de 500 mil pessoas estão sem energia elétrica — cerca de um sexto da população jamaicana. Outras 15 mil precisaram deixar suas casas e buscar abrigo em centros de emergência. Meteorologistas alertam para inundações repentinas e deslizamentos nas áreas montanhosas, com previsão de 15 a 30 centímetros de chuva nas próximas horas.

Mesmo após o rebaixamento, o NHC prevê que o Melissa mantenha ventos acima de 250 km/h em alguns trechos enquanto cruza o norte de Cuba e avança para o Atlântico. As autoridades locais emitiram alertas de evacuação em áreas costeiras e suspenderam voos e atividades marítimas nas próximas 24 horas.

O furacão também deve provocar chuvas torrenciais e fortes ondas nas Bahamas, onde abrigos foram abertos em escolas e ginásios.

“Melissa continua sendo um furacão de grande intensidade, capaz de causar destruição significativa por onde passar”, informou o NHC em comunicado.