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Filipinas declaram estado de emergência após tufão mortal

Vista aérea da cidade de Talisay, na província de Cebu, região central das Filipinas, na quarta-feira, 5 de novembro de 2025. Foto: Jacqueline Hernandez/AP

As Filipinas enfrentam uma das maiores tragédias climáticas do ano. O tufão Kalmaegi deixou ao menos 140 mortos e 127 desaparecidos, levando o presidente Ferdinand Marcos Jr. a decretar estado de emergência nacional nesta quinta-feira, dia 6.

A medida permite ao governo liberar fundos de emergência com mais rapidez e controlar o aumento de preços de alimentos e produtos básicos, em meio ao caos causado pela tempestade.

Segundo as autoridades locais, o ciclone tropical afetou quase 2 milhões de pessoas em todo o país. Mais de 560 mil moradores foram desalojados, e 450 mil precisaram ser levados para abrigos de emergência após enchentes repentinas e deslizamentos.

Este foi o 20º ciclone tropical a atingir o arquipélago em 2025 — e o mais mortal até agora. A maioria das vítimas morreu afogada devido ao volume de chuvas e à rápida elevação dos rios.

Após devastar as Filipinas, o Kalmaegi atingiu a costa central do Vietnã ainda nesta quinta-feira, com ventos de até 149 km/h, informou o Ministério do Meio Ambiente vietnamita.

As províncias de Dak Lak e Gia Lai foram as primeiras a sentir os impactos da tempestade, que levou chuvas torrenciais e cortes de energia.

As Filipinas estão localizadas em uma das regiões mais propensas a desastres naturais do planeta. O país enfrenta cerca de 20 tufões por ano, além de terremotos frequentes e mais de uma dezena de vulcões ativos.

Cientistas alertam que os efeitos das mudanças climáticas têm tornado as tempestades mais intensas e destrutivas.
Com os oceanos mais quentes, os tufões ganham força em menos tempo; e uma atmosfera mais quente retém mais umidade, resultando em chuvas extremas e inundações rápidas.

O governo filipino já iniciou o envio de equipes de resgate, suprimentos e médicos às áreas mais afetadas, especialmente nas províncias de Cebu e Leyte, onde comunidades inteiras ficaram isoladas.

Enquanto isso, as autoridades pedem calma à população e desencorajam a corrida aos mercados, garantindo o abastecimento de alimentos e combustível nos próximos dias.

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