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Venezuela dá 48 horas para companhias retomarem voos após alerta dos EUA

Uma aeronave Boeing 787-9 Dreamliner é vista no Aeroporto Internacional de Natal, em São Gonçalo do Amarante, estado do Rio Grande do Norte, Brasil, em 1º de julho de 2024. REUTERS/Alexandre Lago© Thomson Reuters
A crise ainda está em andamento e pode impactar passageiros, rotas regionais e relações diplomáticas
O tráfego aéreo internacional rumo à Venezuela vive uma nova crise. O governo venezuelano deu 48 horas para que companhias aéreas restabeleçam seus voos ao país — sob risco de perderem a autorização de operar.
A medida foi comunicada às empresas nesta segunda-feira, dia 24, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
A pressão ocorre dias depois de várias rotas serem suspensas, após a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) emitir um alerta sobre uma “situação potencialmente perigosa” ao sobrevoar o território venezuelano.
O alerta da FAA citou piora da segurança e aumento da atividade militar na Venezuela e em áreas próximas.
A agência afirmou que as ameaças podem afetar aeronaves em todas as altitudes, o que levou empresas internacionais a rever itinerários.
Nos últimos meses, os EUA reforçaram sua presença militar na região, incluindo:
o maior porta-aviões da Marinha norte-americana;
pelo menos oito navios de guerra;
caças F-35.
As suspensões atingem rotas da Europa e da América do Sul. Entre as empresas que interromperam temporariamente suas operações estão:
Air Europa – suspendeu cinco voos semanais entre Madri e Caracas.
Plus Ultra – cancelou a mesma rota.
Iberia – interrompeu voos até 1º de dezembro.
Gol – cancelou voos de terça e quarta-feira.
Avianca – suspendeu operações.
TAP Air Portugal – rotas afetadas.
Turkish Airlines – cancelou voos até sexta-feira.
A Iata, que representa 350 companhias, criticou a postura venezuelana e afirmou que a decisão “reduz ainda mais a conectividade do país”, hoje uma das menores da América do Sul.
Até o momento, o Ministério da Informação não comentou o caso.
A Reuters também informou não ter conseguido contato com o instituto nacional de aviação para esclarecimentos.
Se as empresas não retomarem os voos no prazo, podem perder o direito de operar na Venezuela, agravando o isolamento aéreo do país.
A crise ainda está em andamento e pode impactar passageiros, rotas regionais e relações diplomáticas.


