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BNDES libera R$ 150 mi para combate a incêndios no Cerrado e Pantanal

Esta é a primeira vez que o Fundo Amazônia direciona recursos para biomas fora da Amazônia Legal

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 150 milhões do Fundo Amazônia. Os recursos, não reembolsáveis, financiarão o projeto Manejo Integrado do Fogo. Este projeto visa, primeiramente, prevenir e combater incêndios florestais no Cerrado e Pantanal.

Esta é a primeira vez que o Fundo Amazônia direciona recursos para biomas fora da Amazônia Legal. O Ministério da Justiça e Segurança Pública apresentou a iniciativa, uma construção interministerial. O BNDES gerencia o Fundo Amazônia, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). O projeto apoiará Corpos de Bombeiros Militares e brigadas florestais no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Piauí e Distrito Federal. Além disso, a Força Nacional de Segurança Pública também receberá suporte. O objetivo principal é ampliar a capacidade de resposta diante do agravamento dos incêndios em 2024 e da previsão de novos eventos extremos este ano.

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, afirmou: “O avanço dos incêndios florestais e das queimadas não autorizadas tem exigido uma resposta emergencial e integrada do Estado brasileiro.” Ele lembrou o cenário crítico de 2024, com 9,7 milhões de hectares queimados no Cerrado e 1,9 milhão no Pantanal. Segundo Mercadante, o governo Lula amplia as ações de monitoramento e controle.

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, destacou a necessidade de reforçar a prevenção e combate nos biomas mais atingidos. Ela enfatizou que o apoio do Fundo Amazônia capacitará e equipará os Corpos de Bombeiros. Eles receberão caminhões-tanque e bombas costais, atuando em conjunto com o governo federal. Assim, o Brasil terá uma governança do fogo à altura dos desafios climáticos.

O projeto Manejo Integrado do Fogo atua em três níveis: local, estadual e interestadual. No nível local, apoia brigadas florestais formadas por moradores. No estadual, foca na estruturação dos Corpos de Bombeiros. Já no interestadual, fortalece a Força Nacional. Os investimentos incluem veículos 4×4, drones, GPS portáteis e equipamentos especializados. Cada estado parceiro deve formalizar um compromisso. Eles garantirão o uso exclusivo e a conservação dos equipamentos.

Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou que o governo se antecipa a problemas futuros.

“Utilizamos a experiência dos combates às queimadas para avançar.” Ele destacou o esforço conjunto para proteger os biomas, com inteligência compartilhada entre forças federais, bombeiros e brigadas estaduais. Adicionalmente, um projeto de lei do ministério tramita no Congresso, visando endurecer as penas para incêndios criminosos.

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