Valinhos

Joaquim Alves Corrêa: centro de cultura, lazer e comércio

Em 26 de fevereiro de 1.964, durante o governo do então prefeito Jerônymo Alves Corrêa, a Câmara Municipal de Valinhos aprovou a Lei nº 437/1964. Ali, entre tantas outras ruas, uma das principais avenidas da cidade de Valinhos – e que futuramente viria a ser a maior em extensão – ganhou o nome que leva até hoje: Avenida Joaquim Alves Corrêa.

De acordo com a Lei, a área denominada de Joaquim Alves Corrêa (pai de Jerônymo) correspondia à época às ruas 5 e 6 do Jardim Planalto, 4 do Jardim Santa Therezinha, 6 do Jardim Imperial e a Avenida “A” do Jardim Santo Antônio, que começava na divisa do município de Valinhos com Campinas e terminava na divisa com Vinhedo.

Desde então, a Avenida ganhou cada vez mais expressão e, além de reunir grande parte dos serviços públicos do município, tornou-se um centro de cultura, lazer e comércio. Na área entre a Avenida dos Esportes e a Invernada, estão localizados os prédios da Câmara Municipal, Fórum, Centro Cultural, Secretaria de Esportes, Parque Municipal, Grupo Rosa e Amor, Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Valinhos, entre outros.

História
Atualmente com 4,2km de extensão, a Avenida – que corta grande parte do perímetro urbano de Valinhos e ganhará mais 2km após a finalização das obras de prolongamento – tem sua origem relacionada à ferrovia. De acordo com a Associação de Preservação Histórica de Valinhos (APHV), uma crise no abastecimento de carvão durante a Primeira Guerra Mundial comprometeu as operações da Cia. Paulista de Estradas de Ferro (CP) e em 1922, como alternativa energética, a linha férrea foi eletrificada e o trecho entre Campinas e Jundiaí foi o primeiro da América do Sul a contar com locomotivas de propulsão elétrica.

Como parte desse sistema, foi construída uma linha de alta tensão partindo da subestação de Louveira e que atravessou Valinhos no atual traçado da Avenida Joaquim Alves Corrêa. As faixas de segurança debaixo dos fios de alta tensão acabaram formando os chamados canteiros centrais, limitando e dividindo a formação de alguns bairros. Com a abertura das duas pistas da Avenida, algumas casas tiveram suas construções afetadas e precisaram sofrer modificações ou adaptações.

Com o fim dos trens movidos a tração elétrica na década de 1990, as torres ficaram sem função e foram removidas em 2014para melhor aproveitamento dos canteiros centrais e por questões de segurança. 

Obras de prolongamento da Avenida serão entregues após 30 anos de espera
Agilidade das obras depende agora do Câmara Municipal

Após 30 anos, a obra de prolongamento da Avenida Joaquim Alves Corrêa, que liga Valinhos a Vinhedo, está sendo realizada. Os trabalhos já tiveram início e a conclusão está prevista para este ano. A estimativa de investimento em todo o projeto é de cerca de R$ 10 milhões e a Prefeitura vai utilizar recursos que recebeu no final do ano no leilão do Pré-Sal para custear parte do projeto.
A agilidade da obra, contudo, depende agora do Poder Legislativo. No início do mês de fevereiro, o Executivo encaminhou à Câmara o Projeto de Lei nº 13/20, que solicita autorização para abertura de crédito adicional especial no valor de R$ 3.792.012,28.

De acordo com a Secretaria de Planejamento da Prefeitura de Valinhos, a aprovação da Câmara se faz necessária porque o orçamento de 2020 não previa este investimento. Ao encaminhar o PL aos vereadores, a Prefeitura solicitou que a propositura fosse avaliada em regime de urgência para garantir o bom andamento das obras. A Câmara, no entanto, rejeitou o pedido e após três sessões realizadas desde o retorno do recesso do Legislativo, o PL ainda aguarda parecer da Comissão de Justiça e Redação e não tem data para ser votado.

Obras
O prefeito Orestes Previtale Júnior explicou que a prolongamento era um dos projetos de sua administração, mas que somente com o s recursos do Pré-Sal foi possível viabilizar as obras.  “Era um projeto nosso retomar o prolongamento, mas não havia dinheiro. Com os recursos liberados pelo governo federal do Pré-Sal conseguimos a segurança que precisávamos para levar o projeto adiante”, disse.

A Secretaria de Obras e Serviços Públicos explicou que foi cobrada sobre a realização do prolongamento logo no início da atual Administração, mas não havia projeto nem verbas para que fosse executado.
“Em janeiro de 2017, não existia na Prefeitura nenhum projeto para o prolongamento da avenida até Vinhedo. Ele não havia sido feito, não existia licenciamento nem autorização para a obra. E, como não havia sequer projeto, também não havia recursos previstos ”, esclareceu o prefeito.

Desapropriação
O prolongamento da Avenida Joaquim Alves Corrêa até Vinhedo exige a desapropriação de uma área particular, que já está sendo viabilizada pela Prefeitura. “As conversas estão adiantadas e o dono da área vai receber um preço justo pela terra”, afirmou o prefeito. No caso de divergência, é possível depositar o valor o em juízo e pedir a posse da área até que tudo seja resolvido.
 

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