Valinhos

DAEV investe em tecnologia para controlar perdas de água

O Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV) está investindo R$ 3,7 milhões em tecnologia para controlar as perdas de água no sistema de distribuição. O investimento busca manter a excelências nos serviços de abastecimento de água do município.

Segundo o presidente do DAEV, Ricardo Gardin, os recursos estão sendo investidos na instalação de macromedidores para a medição de grandes volumes de água, sensores de nível para reservatórios que evitam transbordamento e instalação de unidades de telemetria e telecomando do sistema de monitoramento, utilizados para comandar, medir e rastrear o sistema de abastecimento à distância, através de comunicação sem fio.

Desde março de 2019, através de licitação, o DAEV contratou a empresa Vector Sistemas de Automação Ltda. para implantação e melhoria do sistema de macromedição e telemetria. Do investimento de R$ 3,7 milhões, R$ 2,4 milhões foram obtidos através do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO) e R$ 1,2 milhão são recursos do próprio DAEV como contrapartida.

“A racionalização do uso da água no sistema de abastecimento urbano necessita de tecnologia de ponta, que torna mais assertiva a identificação dos problemas. Esse sistema nos oferece informações mais precisas e, de posse delas, partimos para as ações seguintes, voltadas ao combate de perdas”, explicou Gardin.

Toda a tecnologia instalada em diversos pontos da cidade é monitorada 24 horas por dia através do Centro De Controle Operacional (CCO) para permitir aos técnicos do DAEV obter avaliações de perdas, controlar melhor a distribuição de água, comandar, medir e rastrear à distância problemas na rede.  “No CCO, os técnicos acompanham o comportamento do sistema. Qualquer problema ou variação é apontada em tempo real em uma das telas”, disse Gardin.

Gardin afirmou que a implantação do projeto oferece mais segurança e confiabilidade nas informações, o que reflete diretamente na agilidade e identificação dos problemas, permitindo o direcionamento mais eficiente das equipes no combate a perdas aparentes, perdas físicas e localização de vazamentos.

“Esse investimento também está permitindo ao DAEV economizar em outra área. Com informações mais precisas, percebemos redução no deslocamento das equipes até os sistemas de bombeamento, gerando economia de combustível e redução da manutenção de nossos veículos”, explicou.

Para se ter uma ideia, o deslocamento até os dois sistemas de bombeamento mais distantes da cidade forma reduzidos em aproximadamente 140 quilômetros por dia, o que no ano equivale a uma distância de mais de 51 mil quilômetros.

Outra vantagem do sistema tecnológico, segundo Gardin, é que informações, como vazão mínima noturna, permitem o direcionamento de esforços, mão de obra, equipamentos diretamente a áreas onde o impacto de perdas é maior, trazendo grandes resultados nos investimentos com feedback mais rápido.

Além desse sistema, Gardin também explica que o DAEV adota outras ações e medidas para combater perdas, entre elas a Operação Caça Vazamentos, que realiza pesquisas nas ligações de água, visando identificar vazamentos. “As perdas de água que ocorrem no sistema, no trajeto desde a sua saída da Estação de Tratamento de Água (ETA) até as residências, indústria e comércio, são de difícil detecção. Assim, a tecnologia é nossa grande aliada nesse esforço de localizar e solucionar rapidamente o problema”, disse.

De acordo com o presidente do DAEV, o índice de perdas em Valinhos, que era de 38% em 2017, hoje está em 30%. “Essa redução só está sendo possível graças aos investimentos que estamos fazendo em tecnologia”, disse.  Além da perda física no sistema, que a tecnologia ajuda a identificar, Gardin alerta também para os problemas recorrentes em hidrômetros e a fraudes, muitas causadas pelos próprios consumidores.

O sistema
O sistema de abastecimento de água de Valinhos é realizado através das duas Estações de Tratamento de Água – ETA 1 e ETA 2.
A ETA 1, que tem a produção diária de 11,7 milhões de litros de água, é responsável pelo abastecimento de 40% do município. Já a ETA 2, que tem produção diária de 17,6 milhões de litros de água, atende 55% da cidade. Os outros 5% são de fontes alternativas como poços profundos.

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