RMC
Emprego desacelerou em março, mas saldo de contratações continuou positivo na RMC

Região registrou, no primeiro trimestre de 2021, 23.706 novas vagas de trabalho com carteira assinada, das quais 7.190 em Campinas. Serviço, indústria e construção civil são os setores que mais admitiram. O comércio abriu 1.348 vagas na região, mas Campinas perdeu 343 postos de trabalho nesse segmento.
Apesar de o emprego formal ter desacelerado em março de 2021, as contratações foram positivas no encerramento do primeiro trimestre na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Foram gerados na região, em março de 2021, 5.379 postos de trabalho que, no acumulado do trimestre, somam 23.706 novas vagas. Comparando com os primeiros três meses de 2020, quando foram abertas apenas 2.142 vagas, o aumento representa 1.006,72%.
O resultado de março de 2021 na RMC, de 5.376 vagas, foi menos da metade das vagas abertas em fevereiro (13.658), representando um saldo negativo de 60,62%. No entanto, em relação a março do ano passado representa 170,30%, lembrando que, na ocasião, foram encerrados 7.745 postos de trabalho fechados em março de 2020.
De janeiro a março de 2021, o setor de serviço também foi responsável pela abertura de 11.812 novas vagas, seguido pela indústria, com 7.682, e pela construção civil, com 2.744. O comércio ficou em quarto lugar no trimestre, com 1.348 postos e a agropecuária registrou 120 novos empregos. A avaliação é feita pelo economista da (Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
No acumulado do trimestre, percentualmente, Americana é a cidade que apresenta os melhores índices, 4%, na quantidade de vagas abertas, considerando os 10.751 empregos gerados e as 7.896 demissões. Em seguida está Paulínia, com um percentual de 3,35%, com 5.675 admissões contra 4.239 desligamentos e Indaiatuba, com 3,13%, resultado entre as 10.444 contratações e 8.135 desligamentos. Nenhuma das 20 cidades, no trimestre, apresentou variação negativa na geração de empregos na soma dos três primeiros meses de 2021.
No acumulado dos últimos 12 meses (abril de 2020 a março de 2021) o saldo é positivo, com 16.589 novas vagas, considerando as 376.607 admissões e 360.018 demissões. As cidades que apresentaram os melhores índices foram Monte Mor, com 9,71% (5.126 admissões e 4.110 demissões), Holambra, com 7,08% (4.380 contratações e 3.701 desligamentos), e Artur Nogueira, com 6,37% (3.589 novas vagas e 3.097 encerramentos de contratos).
Campinas
Considerando apenas Campinas, a quantidade de vagas abertas em março de 2021 é de 1.044 postos de trabalho em março de 2021, bem abaixo das 4.692 vagas abertas em fevereiro, mas muito superior às 3.922 vagas perdidas em março de 2020. No acumulado de janeiro a março, a cidade foi responsável pela abertura de 7.190 novas vagas, 724, 64% a mais do que no primeiro trimestre de 2020, quando foram fechados 1.151 postos de trabalho.
Apenas na cidade, o setor de serviços também foi o que mais gerou empregos, registrando a abertura de 5.686 novas vagas, seguido pela indústria, com 1.263 vagas e pela construção civil, com 571. No setor agropecuário foram somente 13 novos postos de trabalho no trimestre. O comércio, no entanto, perdeu 343 postos de trabalho.
Pelos números apresentados, o economista Laerte Martins, diretor da ACIC, avalia uma tendência positiva na geração de postos de trabalho para os próximos meses deste ano. “Isto implica em uma recuperação da economia que pode ser acelerada pela vacinação e consequente redução dos casos de Covid-19”, diz. No entanto, o economista alerta que, apesar desses números positivos, até aqui, nos setores da atividade econômica, o comércio e a indústria precisam de maior apoio financeiro, fiscal e creditício para sair da crise que aflige o País neste período de pandemia.


