Opnião

Eu queria ser…

Ah… Como eu queria ser uma Ponte, Senhor!
Uma ponte revestida de amizade e de solidariedade para unir as pessoas e com a força das águas derrubar as barreiras que separam povos, credos e raças.

Eu queria ser a Justiça…
Para advogar com mais firmeza todas as causas. Faria valer a minha autoridade diante das sentenças e decisões. Colocaria em prática o peso da igualdade para resgatar desse meu povo a credibilidade.

Eu queria ser a Fraternidade…
E com o Teu auxílio, Senhor, poder amenizar os problemas cotidianos; dos idosos, a solidão; ser dos presidiários, o reformatório; e das crianças abandonadas, um anjo em ação.

Eu queria ser a Perseverança…
A voz da consciência dos jovens e adolescentes caminheiros desse mundo de ilusão e de contradição, que não se deixem levar por propostas ilegais, que gente do bem tanto recrimina, as quais podem custar suas próprias vidas.

Eu queria ser a Fé…
Poder entrar nos corações dos descrentes, colocar bem no fundo a mão, plantar dentro deles a semente da ressurreição e regá-la com a água da conversão.

Eu queria ser o Perdão…
Para compreender e perdoar os falsos cristãos, que oram, rezam, louvam e dizem “Amém”, mas fabricam cruzes para que os outros carreguem, causando-lhes dores e sofrimentos.

 

Eu queria ser a Paz…
Para cair na terra como chuva, como tempestade de amor, para lavar os desonestos, limpar os desafetos, inundar o ódio, purificar a alma de quem não crê e ser a lágrima do filho que chora e a mãe não vê.

Eu queria ser uma Flor…
Para dançar ao som da sinfonia dos pássaros, embelezar as margens de todos os riachos, perfumar os caminhos dos depressivos e quando eu murchar e cair, que seja em cima dos indecisos.

Eu queria ser uma Poetisa…
Mas, uma poetisa da realidade, sem “melosidade”, sem ilusão e sem medo da verdade. Porque tenho a Fé como porto seguro, como tenho também, saudade do passado, preocupação com o presente e muito medo do futuro.

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