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Entrevista Valter Klava

Um dos mecânicos mais antigos em atividade de Valinhos,Valter Klava é sinônimo de trabalho. Ele, cujo estabelecimento (Auto Mecânica Klava) está prestes a completar 40 anos em atividade, viu muitas mudanças na região onde vive, na vida de muitas pessoas e, principalmente, na matéria prima do ‘ganha pão’ dele e da família: os automóveis. A Folha de Valinhos entrevistou Valter Klava nesta edição, onde ele falou um pouco mais sobre ele, que é formado em técnica em Mecânica, nascido em Americana e descendente de imigrantes da Alemanha e da Letônia, mas que adotou Valinhos para viver e formar família.

Valter, como era a região onde funciona seu negócio (Rua Doutor Ademar de Barros) no começo? E o que mudou?
Tudo começou em 1966, quando o então prefeito Jerônimo Alves Corrêa chamou meu pai para cuidar da mecânica dos veículos da Prefeitura. Então nos mudamos para cá (A casa da família fica ao lado da Mecânica Klava). Na época a rua era de terra e só tinha chácaras por aqui. Aos poucos o desenvolvimento chegou por esses lados. Na época aqui era a Rua Paiquerê, mas na década de 1970, se não me engano, mudou de nome para Rua Doutor Ademar de Barros. Meu pai, paralelo ao trabalho na Prefeitura, fazia uns serviços de mecânica para amigos e parentes. Tudo começou aí. Tudo na base do trabalho. Em 1977 começamos com a Auto Mecânica.

E o progresso? O desenvolvimento chegou de forma plena por aí? Como vê isso?
Foi ótimo. É um dos melhores lugares para se viver. Tem tudo por aqui. Temos mercado, posto de combustível, farmácias, tudo perto. A região onde vivo e trabalho é de fácil acesso, logo é ótimo para os negócios. Valinhos é um lugar muito bom para se viver. Mesmo com tantos problemas, claro.

O atual momento da economia no Brasil (recessão) afetou o seu negócio de alguma maneira?
Meu pai me dizia que eu deveria ficar nesse negócio (mecânica de automóveis), pois pneus nunca param de rodar. E ele estava certo. Apesar da época difícil, o motorista sempre vai precisar de manutenção dos veículos. O que acontece muito é que em vez do cliente comprar um carro novo, na maioria das vezes escolhe por manter o automóvel usado por mais tempo. Aí nasce a necessidade de mais manutenções. Mas também possuímos clientes com carros novos. Claro que temos menos movimento do que antes (Eram cinco veículos por dia aqui antes da crise e agora são um ou dois por dia), mas mesmo assim ainda temos uma boa demanda de clientes.

Como é lidar com a responsabilidade de manter um negócio de quase quatro décadas? A pressão é grande?
Temos um nome a zelar. Todos na cidade nos conhecem, pela seriedade do trabalho feito aqui. Isso traz uma responsabilidade maior na hora de executarmos os serviços. Quando surge um problema minha idéia é sempre resolver para evitarmos mais problemas depois. Isso garante o respeito do cliente.

Os novos carros são definitivamente diferentes dos modelos antigos. A tecnologia mudou bastante nos últimos 40 anos? Como se manter atualizado?
Claro que muita coisa mudou. Mas o importante é nos mantermos informados do que acontece ao nosso redor. Nisso a internet ajuda bastante. Uma pesquisa rápida e consigo resolver situações envolvendo veículos mais modernos. Mas nada substitui a experiência. Nisso nem a tal internet ajuda (risos). Porém é fato que os mecânicos da nova geração estão com a faca e o queijo na mão. Eles dominam as novas tecnologias com muita facilidade.

Poderia deixar um recado aos nossos leitores sobre os cuidados envolvendo a manutenção de automóveis?
É importante o motorista fazer as revisões periódicas, para evitar problemas futuros. É fundamental que ele peça ao mecânico de confiança para que sejam verificados o câmbio, freios, sistema de refrigeração do motor, embreagem, filtro de ar condicionado (caso o veículo possua ar condicionado), filtro de combustível, filtro de óleo e a verificação do nível do óleo do motor, entre outras especificações. Se o motorista bobear, infelizmente ele dança.

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