Fanzine

Reciclável: José Carlos trabalha com reciclável há três anos

O valinhense José Carlos Pires Godoi, 61 anos, trabalha com reciclagem há três anos e, com todo o vigor, faz cinco viagens por dia, de segunda a segunda, recolhendo material reciclável, especialmente papelão. Quem costuma passar pela região central da cidade já deve ter encontrado com ele nestas idas e vindas que a pandemia da Covid-19 não foi capaz de deter.

“Eu trabalho todo dia. Geralmente domingo é um dia bom. Pego uns 100kg e vou para casa. Depois vendo em um depósito na Avenida Rosa Belmiro Ramos”, explica ao lembrar que o trajeto é plano e facilita na hora de se locomover com o carrinho. “Eu estou muito feliz graças a Deus. Posso trabalhar, meu carrinho é bom, estou bem de saúde, não fumo e gosto de beber minha cervejinha no meu cantinho”, destaca com simplicidade.

Para ele, a pandemia aumentou a quantidade de material reciclável por causa do maior consumo das famílias e, consequentemente, contribuiu para melhorar o trabalho. Entretanto, os preços desvalorizaram. “Antes o kg do papelão era R$1, mas agora está R$0,60. Nas semanas boas eu tirava até R$2 mil”, conta.

José Carlos é pai da Luana e avô da Francieli e Yasmin, que moram na Capuava. Ele nasceu e passou a infância no Jardim Pinheiros, se mudou para Atibaia onde morou por 12 anos até voltar para Valinhos. Começou a trabalhar como ajudante de caminhão ainda na adolescência e embora viva expectativa de se aposentar, nem pensa em parar. “Não. Faltam três anos para me aposentar, mas vou continuar trabalhando. É isso gosto de fazer”, conclui.     

COMPARTILHE NAS REDES