Valinhos perdeu neste domingo, dia 2, um de seus maiores e mais relevantes artistas plasticos. O pintor e escultor Marcos Guimarães, 62 anos, foi encontrado morto por seus familiares em sua casa. No município, Marcos Guimarães, ao lado de Paco de Ribes e outros, buscou nos anos de 1990 colocar as artes e a cultura num patamar de onde nunca deveria ter saído.

Participou ativamente do acolhimento dos artistas cubanos que vieram a Valinhos na década de 1990 para promover intercâmbio Intercâmbio Brasil – Valinhos – Cuba; das grandes exposições do Panorama das Artes que marcaram época e os Simpósios Internacionais de Esculturas Monumentais, que colocaram Valinhos no centro das artes. 

Em Valinhos, duas de suas grandes obras podem ser vistas pelo públicos diariamentes. Uma delas é painel Comemorativo do Centenário de Valinhos, de 1996, obra de 8,00 metros fixado no saguão do piso superior da Prefeitura e a segunda é a estátua de Adoniran Barbosa, construída em 2008, e fixada junto ao Centro de Artes Cultura e Comércio "Adoniran Barbosa", o CACC.

Em 2019 o Grupo OcupeArte realizou a exposição "A imensidão dos sonhos: uma homenagem a obra de Marcos Guimarães", para quem a obra de Marcos Guimarães era "uma espécie de arrebatamento do espectador que se coloca diante de uma pintura sua, numa espécie de surrealismo sofisticado, preciso, sem excessos".

Marcos em seu Atelier: artista e humanista 

QUEM FOI MARCOS GUIMARÃES 

Marcos nacseu em Campinas,1959 em Campinas, filho de agricultor viveu toda sua infância em contato com a terra e a natureza da fazenda no bairro Macuco, onde tinha seu atelier de fundição em bronze e sua residência. Apesar de ter iniciado sua vida artiistica aos 15 anos, se fornou em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Apesar da aparente disparidade, é ai que amadurece seu aspecto social, filosófico e humanístico. Paralelamente desenvolve suas atividades artísticas estimulado pelo grande Artista Campineiro Aldo Cardarelli 1ue informalmente o orientava. 

Em 1981 recebe Prêmio Pirelli Jovem Pintor, com obra exposta no MASP (Museu de Arte de São Paulo). É um período em que participa intensamente de concursos e salões conquistando inúmeras premiações.

Ansioso por um maior conhecimento técnico, e insatisfeito com a questão do suporte na pintura a óleo, parte para Firenze, Itália onde, além de cursar a escola de desenho e pintura do Palácio Spinelli, faz curso com Prof. Leonardo Passeri, restaurador oficial do Estado Italiano sobre preparação de telas e suportes, principalmente da época renascentista.

Reingressa ao circuito artístico com a exposição 5 Jovens Artistas no Museu de Arte Contemporânea de Campinas – MAC e participa do Intercâmbio Brasil- Valinhos- Cuba, onde além de várias exposições.

Inicia sua participação no circuito Internacional de Escultura Monumental, viajando e executando obras assim como exposições além do BRASIL, no MÉXICO, ITÁLIA, CUBA e CANADÄ.

Desenvolve no Brasil o projeto Contemporâmicas Brasileiras, que objetiva pintar em grandes dimensões os Parques Nacionais Brasileiros.

Participou da 1ª Bienal Paulista de Arte Contemporánea.Valinhos; do XXII Simposio Internacional de Escultura Monumental em Aço Inox. Tulpec – Mexico e do Simpósio Internacional de Escultura “L’Estiade". Montreal – Canadá.