Alternativa

O descontrole humano

Coluna Momentos 

por pastor Rui Mendes faria

Segundo o IBGE, o Brasil atingiu 213,4 milhões de habitantes em 2025, com crescimento de apenas 0,39% em relação ao ano anterior. É um dos índices mais baixos da história. O que isso revela? Que estamos crescendo em número, mas encolhendo em essência. A população aumenta, mas a maturidade emocional, a empatia e o senso de comunidade diminuem.

Vivemos dias de descontrole humano. O homem domina máquinas, constrói foguetes, cria inteligência artificial e decifra códigos genéticos, mas não consegue dominar a si mesmo. A ciência avança, enquanto o caráter regride. Multiplicam-se as informações, mas escasseia a sabedoria. Há progresso nos números, mas retrocesso nas atitudes.

O descontrole humano não está apenas nos crimes, nos vícios e nas guerras — ele começa nas pequenas reações diárias: o impulso de ofender, a incapacidade de esperar, a necessidade de ter razão, o desejo de vencer a qualquer custo. O ego inflado substituiu o amor, e o “eu” se tornou o novo deus de muitos corações.

Jesus já havia alertado:
“Porque, se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me.” (Lucas 9:23)

Negar-se a si mesmo é o antídoto para o descontrole. É escolher o domínio próprio em vez do impulso. É respirar antes de reagir. É entender que crescer como gente é mais importante do que crescer como número.

O Brasil tem mais de 213 milhões de habitantes — mas quantos deles têm paz interior? Quantos dominam suas palavras, seus sentimentos e seus desejos? O país cresce, mas só haverá verdadeiro progresso quando cada cidadão decidir governar o próprio coração.

Que Deus nos ajude a retomar o controle espiritual da vida, para que o crescimento do Brasil não seja apenas estatístico, mas humano e divino.

“Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade.” (Provérbios 16:32)

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