Coluna Momentos

por Pastor Rui Mendes Faria

Dentro de quatro paredes, o amor floresce… e às vezes, se desgasta.

É lá que os olhares se encontram com sinceridade, os corpos se entrelaçam com afeto e os corações dizem o que as palavras não conseguem expressar.

Mas também é ali, nesse mesmo espaço sagrado, que o silêncio pode se tornar grito, que a rotina pode virar distância, e que feridas podem ser guardadas sem cura.

Casais que se amaram intensamente, com o tempo, podem se perder em si mesmos.

A vida cobra, o tempo aperta, os erros se acumulam.

E o que era leve se torna pesado.

O que era “nós”, vira “cada um por si”.

Mas há uma verdade que atravessa os anos e resiste ao desgaste:

O amor é algo que pode ser aprendido de novo.

Sim, o amor pode ser reensinado.

Pode ser despertado outra vez, com novas atitudes, com perdão, com humildade e com desejo de recomeçar.

Amar de novo é mais do que recordar o que passou — é decidir construir o que ainda pode ser.

E tudo começa com um gesto simples e divino: o perdão.

Perdoar é liberar o outro… e a si mesmo.

É dizer: “Eu escolho o caminho da cura, não o da mágoa.”

É abrir espaço para que o amor floresça onde parecia seco.

Efésios 4:32 nos ensina com clareza e graça:

“Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo.”

O amor verdadeiro não é feito apenas de paixão.

Ele é sustentado por escolhas.

Escolhas diárias de amar, mesmo quando não se sente.

De insistir, mesmo quando é mais fácil desistir.

Se o seu casamento está cansado, ferido ou distante…

Respire fundo.

Ore.

Estenda a mão.

E lembre-se:

O amor pode ser aprendido de novo.

E o perdão pode reacender aquilo que o tempo tentou apagar.

 “O amor jamais acaba.”  — 1 Coríntios 13:8a