Alternativa
Num tempo em que o bom café custa R$ 80, como manter a esperança e a economia em pé?

Quem diria que até o nosso tradicional cafezinho sofreria com a inflação? Um bom café já ultrapassa os R$ 80 o quilo — e isso é só o começo da lista. O ovo, que sempre foi alternativa acessível, também encareceu. A cesta básica pesa cada vez mais no bolso do trabalhador. A carne, em muitas casas, virou visita rara. Picanha então… só na lembrança ou em ocasiões especiais. E o gás de cozinha? Está assustando até quem já fazia malabarismo com o orçamento.
O cenário é desafiador. Mas é justamente em tempos assim que precisamos de sabedoria — aquela que vem de Deus, mas também do bom senso prático, do cuidado com os detalhes e da solidariedade.
1. Planeje com Consciência
Lembro com carinho de quando minha mãe ia ao mercado com a lista de compras bem anotada, item por item. Nada de exageros — tudo contado. E quando algo acabava, ela gritava do muro: “Dona Maria, me empresta quatro colheres de café?” E vinha a ajuda, simples e certeira. Às vezes, era o contrário: Dona Maria é que pedia. Era uma economia feita de confiança, afeto e partilha.
Hoje, mais do que nunca, precisamos resgatar esse espírito — e também o hábito do planejamento, da lista, da compra consciente. Improvisar pode sair caro.
2. Simplifique sem abrir mão da dignidade
Viver com menos não é viver pior. Há valor em cozinhar em casa, reaproveitar alimentos, trocar produtos com os vizinhos. Em vez de lamentar o que falta, vale a pena reconhecer o que permanece: uma refeição quente, uma casa em paz, uma família unida.
3. Coopere com quem está por perto
Ninguém precisa atravessar tempos difíceis sozinho. Comprar em conjunto, dividir uma bandeja de ovos, trocar hortaliças da horta ou fazer refeições comunitárias são práticas antigas — e que continuam eficazes. A economia solidária é mais do que viável: ela é necessária.
4. Use os talentos que você tem
Às vezes, a resposta está mais perto do que pensamos. Quem faz bolo, costura, cuida de crianças, conserta objetos ou cultiva plantas pode transformar essas habilidades em fonte de renda. Em tempos apertados, criatividade e esforço são verdadeiros tesouros.
5. Fique atento ao cartão de crédito
Parcelar pode parecer solução, mas é armadilha para muitos. O cartão exige vigilância. Se puder, prefira o pagamento à vista. Se for parcelar, planeje bem. A dívida silenciosa aperta o bolso — e também o coração. E Deus nos convida à liberdade, inclusive nas finanças.
O café subiu. Mas a esperança não pode cair. O café está R$ 80. O ovo encareceu. A cesta básica virou um desafio mensal. A carne rareou, e a picanha nem entra na conversa. Mas há algo que não perdeu valor: a sabedoria que vem do alto e a força que nasce da união entre as pessoas.
“Se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, que a todos dá liberalmente…” (Tiago 1:5)
Que Deus nos dê equilíbrio para administrar, contentamento para viver com menos e coragem para estender a mão a quem tem menos ainda. Porque a fé, quando é prática, alimenta o corpo e aquece o coração.
Até a próxima!


