Os desafios da médica cubana, Yamina Garcia que trabalhou na Venezuela, chegou ao Brasil em 2019, longe das filhas e enfrenta pela segunda vez um câncer  

A médica de nacionalidade cubana, Yamina Garcia, chegou ao Brasil em junho de 2019. Antes morava na Venezuela, onde trabalhou por 8 anos. “Emigrei para o Brasil após a queda da Venezuela, a situação política e econômica tornou-se impossível para a vida de um ser humano”, conta.

Aqui segundo ela foi recebida e acolhida com muito amor e carinho. Foi apresentada à ACOVIDAS pelo próprio diretor, César Braghetto, a quem descreve como uma pessoa “maravilhosa”.  “A qualidade humana, a atenção e o cuidado com que fui tratada por esta organização superaram as minhas expectativas”, afirma.

O deslocamento em função da crise venezuelana separou Yamina de suas duas filhas. Foi uma espera de mais de seis meses para que ela conseguisse trazer a primeira das filhas e um hiato de dois anos para conseguir ficar próxima da segunda.

Para Yamina, a vida de emigrante tem sido um desafio e um deles é o fato de ainda não poder exercer sua profissão aqui no Brasil. “Não tenho meu CRM para exercer minha profissão e esse é um dos meus objetivos, cuidar da saúde do povo brasileiro”, afirma.

Há um ano, a história de Yamina ganha um capítulo ainda mais desafiador quando recebe o diagnóstico, pela segunda vez, de um câncer. “Com essa notícia entendi que o melhor lugar onde poderia estar é o Brasil, com fé inabalável, ajuda da ACOVIDAS, do SUS e de muitos amigos que Deus colocou ao meu redor, estamos vencendo”, declara.

Para ela, Valinhos é uma terra abençoada onde a sua qualidade de vida e da sua família melhorou muito, motivo que as colocou numa busca constante pelo aperfeiçoamento pessoal e formação intelectual. “Minhas filhas e eu nos sentimos amparados em todos os sentidos e queremos poder retribuir tudo que essa Nação fez por nós”, finalizou.