A manifestação ocorre após protestos realizados em Bruxelas contra o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul

Dezenas de agricultores protestaram em frente à residência secundária do presidente Emmanuel Macron, na estância balnear de Le Touquet, no norte da França.

A mobilização ocorreu sob vigilância policial e teve a participação de cerca de 50 manifestantes, que atenderam a um apelo sindical.

Tratores foram estacionados ao longo da marginal desde as primeiras horas do dia.

Alguns manifestantes chegaram ao local com reboques cheios.

Eles despejaram resíduos agrícolas nas imediações da propriedade presidencial.

O gesto foi descrito como simbólico, com o objetivo de manter a pressão sobre o governo francês.

A manifestação ocorre após protestos realizados em Bruxelas contra o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.

Embora a Comissão Europeia tenha adiado a assinatura do acordo para janeiro, os sindicatos afirmam que a medida é insuficiente.

As entidades defendem que o acordo seja abandonado.

O acordo UE-Mercosul é um tratado comercial entre a União Europeia e países do Mercosul, como Brasil e Argentina. Agricultores europeus temem concorrência desleal e impacto negativo nos preços e na renda rural.

Associações agrícolas também protestam contra possíveis cortes nas subvenções agrícolas da União Europeia.

Outro ponto de crítica são as medidas climáticas previstas, que, segundo os produtores, podem elevar os custos de produção.

Os agricultores afirmam não ter garantias suficientes para compensar essas mudanças.

O presidente da câmara de Le Touquet, Daniel Fasquelle, manifestou apoio à mobilização.

Segundo ele, os agricultores continuam sem respostas claras por parte do governo e da União Europeia.

O protesto reflete a crescente tensão entre agricultores e autoridades europeias.

O setor teme perda de competitividade diante de acordos comerciais e novas exigências ambientais.

As mobilizações devem continuar nos próximos meses.