Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 4,64 bilhões para ampliar, modernizar e manter 11 aeroportos administrados pela Aena Brasil. O Aeroporto de Congonhas (SP) será o principal beneficiado, recebendo cerca de R$ 2 bilhões do total.

A operação foi estruturada no modelo project finance non-recourse, em que o pagamento do crédito ocorre exclusivamente por meio da receita gerada pelos próprios aeroportos. Segundo o BNDES, trata-se de um dos maiores financiamentos já destinados ao setor aeroportuário no país.

O pacote financeiro envolve R$ 4,24 bilhões em debêntures e R$ 400 milhões em linha Finem, além de uma oferta pública coordenada pelo BNDES e pelo Santander, totalizando R$ 5,3 bilhões. Somando todas as etapas, o suporte financeiro à Aena chega a R$ 5,7 bilhões.

As obras serão concluídas até junho de 2028 em Congonhas e até 2026 nos demais terminais, localizados em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará e Minas Gerais. A previsão é de geração de mais de 2 mil empregos durante as intervenções e de cerca de 700 vagas permanentes após a entrega.

Em Congonhas, o projeto prevê a expansão do terminal de passageiros de 61 mil m² para 134 mil m², com instalação de novas pontes de embarque, melhorias no embarque remoto e ampliação das áreas comerciais para 43 mil m².

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que os investimentos fortalecem a aviação regional e ampliam o conforto dos passageiros:
“Estamos estruturando aeroportos para criação de hubs logísticos regionais, que vão impulsionar o transporte de cargas pelo país.”

Já o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o apoio acompanha a demanda crescente. Os 11 aeroportos da Aena movimentaram 27,5 milhões de passageiros em 2024, número 3% superior ao período pré-pandemia.

O financiamento recebeu classificação AAA.br pela Moody’s Local Brasil, indicando baixo risco e sólida capacidade de pagamento. A Aena também administra outros seis aeroportos no Nordeste, que já haviam recebido apoio do BNDES em projetos anteriores.