Saúde
Mal súbito: cuidados para não passar mal ao volante

Na última sexta-feira, dia 14, um veículo cruzou a Avenida Paulista e destruiu parte do muro da linha férrea. Já nesta terça-feira, dia 18, um homem de 60 anos teve o carro projetado para uma árvore no canteiro central da Avenida Gessy Lever, no Centro.
Apesar das cenas impactantes, ninguém ficou ferido — por pouco.

O que é mal súbito?
O mal súbito é uma perda repentina de consciência.
Acontece quando o cérebro deixa de receber oxigênio e nutrientes de forma adequada, fazendo com que a pessoa “apague” instantaneamente. A causa pode variar, mas geralmente está associada a doenças pré-existentes.
De acordo com o diretor técnico de urgência e emergência da Secretaria da Saúde de Valinhos, Dr. Rodrigo Serrano, os acidentes envolvendo mal súbito têm crescido e exigem atenção redobrada.
O médico reforça que a condição está principalmente ligada a problemas cardíacos e neurológicos. Pessoas com doenças preexistentes — como hipertensão, diabetes e distúrbios metabólicos — precisam manter acompanhamento regular, exames atualizados e uso correto das medicações.
Fatores que elevam o risco
Segundo Serrano, interromper o tratamento por conta própria é uma das principais causas de descompensação clínica.
“Pacientes com pressão alta que deixam de tomar a medicação ou pessoas diabéticas sujeitas à hipoglicemia precisam de controle rigoroso. Até o uso de canetas emagrecedoras deve ser acompanhado por médico”, alerta o diretor.
Ele destaca ainda que má alimentação, automedicação e abandono de tratamentos aumentam significativamente a chance de o motorista sofrer mal súbito enquanto dirige.
Prevenção
Para reduzir riscos, especialistas recomendam:
Manter consultas médicas em dia
Seguir rigorosamente a medicação prescrita
Evitar dirigir sentindo tontura, palpitação, fraqueza ou visão turva
Realizar exames rotineiros, especialmente para quem tem doenças crônicas
Procurar atendimento ao menor sinal de alteração metabólica


