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Louvre fecha Galeria Campana após detectar fragilidade em vigas da ala sul

A fragilidade de algumas vigas da Galeria Campana, no Museu do Louvre, que sustentam os pisos do segundo andar na ala sul levou ao encerramento do espaço, que exibe uma coleção de vasos gregos© DR
O novo problema vem à tona cerca de um mês depois do assalto cinematográfico à Galeria Apollo, em 19 de outubro
O Museu do Louvre enfrenta mais um episódio crítico em 2025 — desta vez não relacionado à segurança contra roubos, mas à estrutura de um de seus espaços mais tradicionais. A Galeria Campana, dedicada à coleção de vasos gregos, foi novamente fechada após técnicos identificarem fragilidade em vigas que sustentam o segundo andar da ala sul.
A decisão afeta nove salas e ocorre apenas dois anos após a reabertura da galeria, totalmente renovada em 2023.
Segundo relatório divulgado pela entidade pública do Museu do Louvre (EPML), as vigas apresentam desgaste significativo.
O motivo principal: as últimas obras estruturais datam da década de 1930.
A instituição iniciou uma investigação complementar para identificar as causas das alterações e definir o plano de recuperação. A prioridade, segundo o museu, é garantir a segurança de visitantes, funcionários e das obras expostas.
A galeria passou por grande intervenção em 2020, reabrindo ao público em 2023 com projeto modernizado.
No entanto, segundo o jornal Le Parisien, a reforma teria focado na apresentação museográfica, deixando de lado pontos estruturais importantes.
Agora, a fragilidade detectada obriga não só o fechamento do espaço, mas também a realocação de 65 funcionários que trabalham em escritórios localizados acima da galeria.
O novo problema vem à tona cerca de um mês depois do assalto cinematográfico à Galeria Apollo, em 19 de outubro.
Um grupo de homens encapuzados entrou e saiu do museu em 3 minutos e 52 segundos, levando oito joias pertencentes à coleção de Napoleão.
A coroa da imperatriz Eugénie foi encontrada do lado de fora, danificada. Até agora, sete suspeitos foram identificados, mas o chefe do grupo e as joias roubadas seguem desaparecidos.
A crise aumenta após a divulgação de documentos de auditoria feitos após o roubo.
Entre os achados, um detalhe chocou especialistas e autoridades: a senha do sistema de segurança do museu era simplesmente… “Louvre”.
As falhas, segundo a imprensa francesa, vinham sendo ignoradas há décadas.


