Economia

Especialista dá dicas para começar 2026 no azul

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O início do ano é tradicionalmente o momento em que os brasileiros reavaliam gastos, fecham pendências e organizam o planejamento financeiro. Com 2026 se aproximando, esse movimento ganha ainda mais relevância: segundo pesquisa Datafolha, 43% dos brasileiros não têm reserva de emergência e 62% já utilizaram parte ou todo o valor guardado em 2025. O dado evidencia a necessidade de reorganizar as finanças antes de janeiro.

Para Adriano Murta, advogado tributarista especializado em investimentos internacionais, começar o ano com as contas equilibradas é um diferencial que impacta diretamente o comportamento financeiro ao longo dos meses seguintes.

“Revisar gastos, quitar dívidas de alto custo e organizar uma reserva sólida cria um ponto de partida mais leve e estratégico para o ano que começa”, afirma.

Segundo o especialista, o primeiro passo é mapear entradas e saídas: saber exatamente quanto se ganha, quanto se gasta e quais dívidas ainda geram juros. Só então é possível priorizar o pagamento do que pesa no orçamento, eliminar desperdício e direcionar recursos para o próximo ano. “Antes de pensar nas metas de longo prazo, o essencial é organizar o caixa para o ano que vem. Entender onde o dinheiro está sendo gasto e quais dívidas devem ser resolvidas primeiro permite ajustar o orçamento ainda em 2025. Com essa base, o investidor começa 2026 com mais fôlego para aproveitar oportunidades de investimento”, destaca.

O especialista alerta para erros tributários comuns que prejudicam quem investe, especialmente no exterior. Ele destaca que mudanças recentes, como as previstas na Medida Provisória 1.303/2025 (que alteram a tributação sobre aplicações financeiras a partir de 2026), exigem atenção redobrada. Segundo o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) da IFI – Instituição Fiscal Independente, a MP 1.303 pode gerar um incremento de receitas de cerca de R$ 39 bilhões em 2036, evidenciando o impacto potencial dessas novas regras no planejamento de investidores internacionais.

Murta ressalta que um planejamento tributário eficiente começa pela compreensão da estrutura fiscal: residência tributária, regimes aplicáveis, eventuais convenções para evitar bitributação e o tratamento fiscal de cada tipo de investimento.

“Investir de forma estratégica envolve entender onde o imposto incide, como declarar corretamente e quais estruturas permitem mais segurança e previsibilidade.”

Para quem pretende ampliar ou iniciar investimentos internacionais em 2026, o ideal é começar a organização ainda em 2025: manter documentação completa, escolher instituições confiáveis, revisar o enquadramento tributário e estruturar os aportes de acordo com o objetivo: seja renda, preservação patrimonial ou diversificação geográfica.

Com disciplina nos gastos, atenção às novas regras tributárias e uma reserva financeira bem construída, 2026 pode começar não apenas no azul, mas com espaço real para crescimento e decisões mais inteligentes sobre onde e como investir.

“O ponto central é transformar a organização em vantagem. Quando o investidor enxerga o ano que começa como um ciclo completo, com metas claras, escolhas conscientes e monitoramento contínuo, ele cria previsibilidade e reduz riscos”, conclui o advogado.

 

Sobre Adriano Murta

Adriano Murta é o fundador e líder da M&P Capital Investments, especializada em assessoria e consultoria para investimentos no mercado financeiro e imobiliário dos Estados Unidos. Com mais de 20 anos de experiência, Adriano se destaca por sua habilidade em simplificar o processo de investimentos para brasileiros e investidores internacionais, oferecendo soluções personalizadas, eficazes e seguras.

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