Saúde
17 de Novembro – Dia de conscientização sobre prematuridade

Brasil entre os 10 países com mais nascimentos prematuros: cuidados na gravidez podem salvar vidas
A campanha Novembro Roxo alerta para a prematuridade, condição em que o bebê nasce antes de completar 37 semanas de gestação e que representa a principal causa de mortalidade entre crianças menores de cinco anos no Brasil. Todos os anos, cerca de 340 mil bebês nascem prematuros no país, o equivalente a seis nascimentos a cada dez minutos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está entre os dez países com maior incidência de partos prematuros no mundo, com uma taxa entre 11% e 12%, acima da média global de 10%.
A professora de pediatria da Afya Brasília, Dra Isabela Pires, explica que muitos bebês que nascem antes do tempo enfrentam desafios complexos, como dificuldade respiratória, maior vulnerabilidade a infecções e, em alguns casos, sequelas neurológicas. “A assistência imediata e especializada faz toda a diferença para garantir a sobrevivência e o desenvolvimento saudável dessas crianças”, explica a especialista.
A médica comenta que a prematuridade pode deixar consequências mesmo depois dos primeiros dias de vida. Bebês que precisam de ventilação mecânica podem desenvolver fragilidades nos pulmões, ficando mais propensos a infecções, asma e outras doenças respiratórias. Há também maior risco de problemas neurológicos, como paralisia cerebral ou transtornos do desenvolvimento, incluindo autismo em crianças com predisposição genética. No metabolismo, esses bebês podem apresentar oscilações de peso e alterações ao longo da infância.
Para reduzir esses riscos, o cuidado após a alta é bem estruturado. Os prematuros recebem vitaminas desde a primeira semana de vida, além de ferro e zinco nos primeiros meses. Também passam por um acompanhamento com vários especialistas, como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, além de avaliações frequentes da visão e da audição.
O objetivo é que, até os dois anos, alcancem o chamado catch up, quando o desenvolvimento se equipara ao de crianças nascidas no tempo certo. “Por isso, o acompanhamento após a alta é tão rigoroso: suplementações, avaliações periódicas e estimulação precoce ajudam o bebê a recuperar o que perdeu por não ter permanecido mais tempo no útero”, completa a especialista.
Cuidados essenciais durante a gestação
Diversos fatores podem aumentar o risco de parto prematuro, como idade materna muito jovem ou avançada, infecções, hipertensão ou diabetes gestacional, além da ausência de um acompanhamento adequado. De acordo com a professora de ginecologia e obstetrícia da Afya Centro Universitário de Itaperuna, Júlia Bicudo, o pré-natal é o principal instrumento de prevenção.
“Cada consulta de pré-natal é uma oportunidade de identificar precocemente fatores de risco, orientar a gestante e intervir a tempo. O acompanhamento desde o início da gestação reduz drasticamente as chances de parto prematuro e vai além da assistência médica: envolve o comprometimento da futura mãe em comparecer às consultas e realizar os exames solicitados. No Brasil, todas as gestantes têm acesso gratuito a esse cuidado nas unidades básicas de saúde, onde é possível detectar patologias precocemente, planejar o parto e definir o tratamento mais adequado”, destaca a Dra. Júlia.
A médica da Afya Itaperuna ressalta que, apesar dos avanços na assistência obstétrica, do maior entendimento sobre os fatores que levam ao parto prematuro e da disponibilidade de recursos para tentar interromper o trabalho de parto pré-termo, a incidência de prematuridade permanece alta e não apresenta quedas significativas. “A prematuridade segue como principal causa de morte infantil no mundo e a ferramenta fundamental para evitar esse desfecho é, sem dúvidas, a realização de um pré-natal adequado”.
Entre os cuidados recomendados pela obstetra estão :
- Iniciar o pré-natal o mais cedo possível e manter todas as consultas recomendadas, realizando todos os exames preconizados pelo Ministério da Saúde.
- Controlar condições como hipertensão, obesidade e diabetes gestacional;
- Evitar o tabagismo, o uso de álcool e outras substâncias;
- Monitorar e tratar infecções maternas;
- Manter uma alimentação equilibrada e acompanhamento psicológico.
Ela também reforça a importância do aleitamento materno desde os primeiros dias de vida, e afirma ser este o primeiro “remédio” do bebê prematuro, que contribui para um desenvolvimento mais saudável do mesmo
“ A primeira hora de vida, conhecida como ‘hora de ouro’, é decisiva. Independentemente da via de parto, o contato pele a pele e a amamentação nesse momento auxiliam na contração uterina, prevenindo hemorragias, evitam hipoglicemia no recém-nascido, estimulam o vínculo materno e favorecem a formação da microbiota. O leite da mãe é o alimento mais completo até o sexto mês, de fácil digestão e essencial para proteger o bebê contra doenças”, enfatiza a Dra. Júlia.
Sobre a Afya
A Afya, maior ecossistema de educação e soluções para a prática médica do Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior, 33 delas com cursos de Medicina e 25 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde em todas as regiões do país. São 3.753 vagas de Medicina aprovadas pelo MEC e 3.643 vagas de Medicina em operação, com mais de 24 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da Medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de Medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil e “Valor 1000” (2021, 2023, 2024 e 2025) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do Pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em: www.afya.com.br e ir.afya.com.br.


