Os Correios estudam a demissão de cerca de 10 mil funcionários como parte do plano de reestruturação da estatal — número equivalente a 8,6% do quadro atual, segundo informações divulgadas pela CNN Brasil.

As dispensas devem ocorrer por meio de um novo Programa de Demissão Voluntária (PVD), e o número final pode ser ainda maior, conforme a emissora apurou.

O corte de despesas é considerado essencial para dar segurança à União e aos bancos na liberação de uma linha de crédito de R$ 20 bilhões, que terá garantia do Tesouro Nacional.

A companhia apresentou ao Tribunal de Contas da União (TCU), nesta quarta-feira (14), o planejamento para reequilibrar as contas. As áreas técnicas do TCU devem acompanhar a execução do plano e a participação do governo federal na operação de crédito, inclusive com possível envolvimento de bancos públicos.

Em outubro, os Correios detalharam que a primeira fase de reestruturação inclui três eixos principais:
• Corte de despesas operacionais e administrativas;
• Diversificação de receitas, com recuperação da capacidade de geração de caixa;
• Recuperação da liquidez para retomar competitividade e estabilidade nas relações com trabalhadores, clientes e fornecedores.

O cenário ocorre enquanto funcionários reivindicam reajuste salarial e melhorias no plano de cargos e salários. Representantes de federações e sindicatos se reuniram em 14 de outubro com o presidente da estatal, Emmanoel Rondon, para discutir as demandas.

Segundo José Aparecido Gandara, presidente da Findect, os Correios não realizam concurso desde 2011, quando o quadro de empregados era de 128 mil — hoje, são cerca de 86 mil trabalhadores.

Fonte: CNN Brasil