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Técnicos da Saúde alinham ações sobre intoxicação por metanol

O objetivo foi orientar as equipes sobre o manejo clínico de pacientes com suspeita de intoxicação e reforçar a comunicação imediata ao CIATox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp)
A Secretaria de Saúde de Americana realizou, nesta quinta-feira, dia 2, uma reunião para alinhar ações diante do registro, no estado de São Paulo, de casos suspeitos de intoxicação por metanol relacionados ao consumo de bebida alcoólica adulterada. O encontro ocorreu um dia após a Vigilância Sanitária apreender 600 litros de bebidas em um estabelecimento no Jardim Nossa Senhora de Fátima. Até esta quinta, o Governo de São Paulo confirmou uma morte por intoxicação, enquanto cinco óbitos suspeitos estão sob investigação.
Conduzida pelo secretário adjunto de Saúde, Fábio Joner, a reunião contou com a participação das Vigilâncias Sanitária, Epidemiológica e Ambiental, além de representantes do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, hospitais privados, UPAs São José e Dona Rosa e PA Antônio Zanaga.
O objetivo foi orientar as equipes sobre o manejo clínico de pacientes com suspeita de intoxicação e reforçar a comunicação imediata ao CIATox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp). Também foram discutidas ações de apoio às operações de fiscalização da Vigilância Sanitária.
“Estamos atentos e mobilizados para garantir uma resposta rápida e integrada da rede de saúde. A segurança da população é prioridade, e esse alinhamento entre os serviços públicos e privados é fundamental para reduzir riscos e salvar vidas”, destacou Joner.
As fiscalizações em estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas foram intensificadas em razão dos recentes casos de intoxicação por metanol registrados no estado.
O diretor da Uvisa, Antônio Donizete Borges, ressaltou a integração entre fiscalização e assistência. “O trabalho de fiscalização e a atuação da rede de saúde precisam caminhar juntos para prevenir casos e responder rapidamente às situações de risco.”
A coordenadora da Vigilância Sanitária, Eliane Ferreira, reforçou a atenção da população. “É fundamental adquirir bebidas apenas em locais regularizados e desconfiar de preços muito abaixo do mercado, que podem indicar adulteração.”
Já a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Carla Brito, destacou a importância das notificações. “O monitoramento constante e a notificação imediata são essenciais para agirmos rapidamente. Informação correta salva vidas.”
A Prefeitura orienta que denúncias de comércio irregular ou suspeita de adulteração de bebidas sejam feitas pelo SAC, no telefone (19) 3475-9024 ou no site www.americana.sp.gov.br.
Orientações à população ao comprar bebidas:
– Procure estabelecimentos conhecidos ou dos quais tenha referência;
– Desconfie de preços muito baixos – no mínimo podem indicar alguma falha como sonegação e adulteração, por exemplo;
– Observe a apresentação das embalagens e o aspecto do produto: lacre ou tampa tortos ou “diferentes”, rótulo desalinhado ou desgastado, erros de ortografia ou logos com “variações”, ausência de informações como CNPJ, endereço do fabricante ou distribuidor, número do lote, e outra imperfeição perceptível.
– Ao notar alguma diferença, não fazer testes caseiros como cheirar, provar ou tentar queimar a bebida. Essas práticas não são seguras nem conclusivas.
– Fique atento a sintomas pós-consumo: visão turva, dor de cabeça intensa, náusea, tontura ou rebaixamento do nível de consciência, isso pode indicar intoxicação por metanol ou por bebida adulterada.
– Busque atendimento médico imediato: se houver qualquer sintoma suspeito, o consumidor deve procurar urgência médica sem demora.
– Exija sempre a nota fiscal ou comprovação de origem: documento precisa ter todas as informações de identificação do fornecedor e da compra, isso ajuda na rastreabilidade do produto e é uma garantia para o consumidor em eventual reclamação.
Texto: Amauri de Souza (MTb 27.493), com orientações do Governo de São Paulo


