RMC
Operação em Campinas prende empresários acusados de articular ataque a promotor

Polícia cumpre mandados em endereço no Cambuí: detidos nesta sexta atuam nos ramos de comércio de veículos e transporte. Foto: Julia Vilela/Divulgação
Ação conjunta entre Gaeco e Baep desvenda um plano do PCC que envolvia lavagem de dinheiro e tentativa de assassinato para barrar investigações sobre a facção
Na manhã desta sexta-feira, 29 de agosto, uma operação conjunta em Campinas resultou na prisão de dois empresários, suspeitos de financiar um plano para assassinar o promotor Amauri Silveira Filho, do Ministério Público de Campinas. De fato, as prisões de Maurício Silveira Zambaldi, conhecido como “Dragão”, e José Ricardo Ramos aconteceram nos bairros de Cambuí e Alphaville, respectivamente.
O promotor de Justiça Marcos Rioli, que participou da ação, confirmou que o plano foi descoberto na última quarta-feira, dia 27. Conforme as investigações, o principal objetivo da emboscada era interromper investigações em andamento sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC), incluindo crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e a própria atuação da organização criminosa na região.
Além disso, os empresários teriam sido os responsáveis por providenciar recursos e logística para a ação criminosa. Primeiramente, eles teriam financiado a compra de veículos, armamentos e a contratação de criminosos para executar a emboscada contra o promotor. Similarmente, as investigações apontam que José Ricardo Ramos ficou encarregado de monitorar a rotina do promotor e, em seguida, identificar os pontos para a execução do plano.
Quem são os suspeitos?
Inesperadamente, um dos principais alvos da investigação é Maurício Silveira Zambaldi, dono da loja de motos Dragão Motors, localizada na Vila Joaquim Inácio. Ele é suspeito de atuar na lavagem de dinheiro para o PCC. Juntamente com ele, José Ricardo Ramos, que atua no setor de transporte, teria sido o responsável por obter veículos blindados e contratar os executores do crime.
Inclusive, o plano de assassinato teria sido articulado por Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como “Mijão”, um dos principais chefes do PCC e, sem dúvida, um dos maiores operadores de tráfico de drogas do país. Ele está foragido há anos e, de acordo com o Ministério Público, estaria escondido na Bolívia, de onde continuaria a comandar as operações do grupo. Portanto, as investigações prosseguem para localizar e prender outros suspeitos envolvidos no esquema.
Certamente, a atuação de fontes reconhecidas, como o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e o 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), é fundamental para o sucesso de operações como esta. Em conclusão, o trabalho conjunto dessas forças-tarefa reforça a importância de desmantelar redes criminosas que ameaçam a segurança pública.


