Brasil e Mundo

EUA deixam a UNESCO novamente

A medida representa um golpe para a agência, sediada em Paris

Os Estados Unidos retiraram-se da UNESCO nesta terça-feira, dia 22. O Departamento de Estado alegou que a permanência não servia aos interesses nacionais. Tammy Bruce, porta-voz do Departamento de Estado, declarou que a UNESCO promove causas sociais e culturais conflitantes. Além disso, ela mantém foco excessivo em uma agenda globalista, divergente da política “América em Primeiro Lugar”.

A medida representa um golpe para a agência, sediada em Paris. A UNESCO surgiu após a Segunda Guerra Mundial para promover a paz. Ela incentiva a cooperação em educação, ciência e cultura. Similarmente, Trump tomou ações parecidas em seu primeiro mandato. Ele deixou a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Conselho de Direitos Humanos da ONU e acordos climáticos e nucleares.

Joe Biden, entretanto, reverteu essas decisões em 2021. Ele reintegrou os EUA à UNESCO, OMS e ao acordo climático. Atualmente, com Trump de volta à Casa Branca, os EUA saem novamente desses órgãos globais.

Trump já decidiu retirar os EUA da OMS. Ele suspendeu também o financiamento da UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos. Esta ação faz parte de uma revisão da participação dos EUA em agências da ONU. Essa revisão deve ser concluída em agosto.

A UNESCO é mais conhecida por designar Patrimônios Mundiais. Por exemplo, inclui o Grand Canyon nos EUA e a antiga Palmira na Síria. Os Estados Unidos aderiram à UNESCO em sua fundação, em 1945. Contudo, retiraram-se pela primeira vez em 1984, protestando contra má administração e viés anti-EUA. Posteriormente, retornaram em 2003, sob George W. Bush. Ele afirmou que a agência realizou as reformas necessárias.

Os Estados Unidos contribuem com cerca de 8% do orçamento total da UNESCO. Anteriormente, essa porcentagem era de 20%, quando Trump retirou o país da agência pela primeira vez.

Fonte: Reuters, 22 de julho de 2025.

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