Economia

Mercado financeiro reduz previsão da inflação

Estimativa para o PIB é de 2,23% este ano
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

As projeções do mercado financeiro para a inflação oficial (IPCA) do Brasil continuam em queda, marcando a oitava redução consecutiva. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, 21 de julho de 2025, ajustou a estimativa para 2025 de 5,17% para 5,10%. Posteriormente, a previsão para 2026 também diminuiu, de 4,5% para 4,45%. Para os anos seguintes, 2027 e 2028, as projeções são de 4% e 3,8%, respectivamente.

A estimativa para 2025 ainda supera o teto da meta de inflação do BC, fixada em 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou seja, o limite superior é de 4,5%. Em junho, apesar da pressão da energia elétrica, o IPCA desacelerou para 0,24%, com queda nos preços dos alimentos. No entanto, o acumulado em 12 meses atingiu 5,35%, superando a meta pelo sexto mês seguido. Quando a meta é estourada, o presidente do BC deve justificar o descumprimento ao ministro da Fazenda.

Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano. Em sua última reunião, o Copom elevou os juros em 0,25 ponto percentual, a sétima alta consecutiva. Essa decisão surpreendeu parte do mercado, que não esperava um novo aumento. O Copom, contudo, indicou que pode manter a Selic estável nas próximas reuniões, mas não descarta novos aumentos se a inflação subir. Analistas preveem que a Selic termine 2025 em 15%, caindo para 12,5% em 2026 e 10% em 2028. Juros mais altos encarecem o crédito e podem frear a economia.

A projeção para o crescimento da economia brasileira (PIB) em 2025 permanece em 2,23%. Para 2026, a estimativa caiu ligeiramente de 1,89% para 1,88%. Em 2027 e 2028, o mercado projeta um crescimento de 2% para ambos os anos. A economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, impulsionada pela agropecuária. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento. Por fim, a previsão para a cotação do dólar é de R$ 5,65 para o fim de 2025 e R$ 5,70 para o fim de 2026.

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